quarta-feira, novembro 30, 2005

Um Longo Tempo

A grama não estava verde e sim amarela, por que não houve chuva para molha-la. A garotinha de vestido leve ia caminhando pelo gramado, estava muito quente e por isso ela carregava uma garrafa de dois litro de água mineral. Alguém a espiava. Ela olhou para os lados e pensou:"Calor, grama amarela, cobras". Ficou parada olhando para o gramado por muito tempo. Sentiu-se sozinha e pensou no que as pessoas deviam estar fazendo em sua casa. Ela viu as montanhas, o céu azul e o seu pensamento fez ela imaginar todas as coisas que não eram reais.A menina pegou a garrafa e bebeu o máximo que podia, a água estava esquentando, ela precisava beber logo, antes de ficar completamente quente. Um palco apareceu em sua mente, tinha pessoas lá, elas estavam encenando uma peça, alguém morre com uma apunhalada e uma voz sôou tão real:
- Até tu Brutus, meu filho!
Um pássaro saiu voando soltando um grito de pássaro do campo. Alguém continuou espiando.
A garota se chamava N, não precisava mais do que uma letra. Sua mãe e seu pai eram fazendeiros mórmons, no dia em que ela foi batizada Jesus Cristo levou eles numa nave espacial.
Voltando a menina.
Ela continuou caminhando, até encontrar uma cerca, na cerca não havia nada, somente um boi e o gramado amarelo. O dia estava acabando, a água estava completamente quente, o boi ficou pastando com aquela cara de boi, vendo N ir embora.(Segunda a Júlia isso lembra Clarice Lispector)

domingo, novembro 27, 2005

Eu tenho uma história para contar sobre o fim que se aproxima!

Lá longe, onde um velho pode comer o seu tatu tranquilamente sem a interrupção daquele poeta estúpido. De quem eu falo? Eu não falo de ninguém, um vácuo constante faz com que eu não tenha profundidade sobre qualquer assunto. Quando algo é escrito é preciso acrescentar o leitor de alguma maneira, pois este pode ficar irritado caso o que foi lido não chegue a lugar nenhum. Está tudo muito certo!

sexta-feira, novembro 25, 2005

Sensações chatas de Robervildo Sem visão

Acordar, o primeiro pensamento é a continuidade de ontem. O relógio está ao lado do abajur, é o meu guia neste momento. A água molha e faz meia hora que ela está molhando. O tempo não está sendo conjugado na maneira certa, as palavras não acertam com os teus olhos. O suco de fruta está grosso demais para ser terminado em dez minutos. Pedaços nos dentes, alguma careta.