segunda-feira, julho 30, 2007

Coisas antigas (olhei meus escritos e deu vontade de postar)


Parado em um canto de seu quarto, Otávio( foi assim que ele quis ser chamado) estava. Olhava para aquele canto escuro, deixava a porta do recinto semi aberta para ser possível enxergar alguma coisa, não deixava muito aberta, só um pouquinho. Podia ver seus objetos de infância jogados ali por anos, ele nunca se incomodou em deixá-los ali, era normal, pois não tinha nenhuma raiva da época em que era criança. Os livros que tinha, preenchiam um armário que ia até o chão, não havia dúvidas, ele iria os ler um dia. Ninguém nunca o entendeu, mas havia épocas em que ele gostava de fazer esse tipo de coisa, deixava a luz do corredor acesa e ia para o seu quarto observar os objetos. Seus pensamentos voavam, pessoas, momentos, idéias, sentimentos, confusões, fantasias, etc. Era o momento da explosão! Partículas de pensamentos desprendiam- se de seu corpo e flutuavam no escuro, Otávio observava com um silêncio profundo,não tinha conhecimento do que via, pois seu pensamento o distraía. Ele sentia que estava fazendo algo grandioso e desejava que alguém soubesse disso, ele não iria dizer, pois dizendo em palavras ele destruiria um universo e não era o tipo de coisa que dava para fazer com mais pessoas, tinha que ser único. Assim se mantia o silêncio, Otávio completava 14 anos.

Coisas antigas(olhei uma foto e viajei para outro lugar)

Todos os jovens tem asas de papelão

Olhe o glamour, quanta coisa bela! Aliás qualquer coisa pode ser bela, se tiver o tal glamour. Se você comer merda fazendo biquinho é bem capaz das pessoas que estiverem na sua volta fazerem o mesmo. E aí está a verdade, o que queremos aparentar, a quem queremos enganar. Eu acho que este tipo de coisa acontece com todo mundo, e por isso se torna extremamente comum e necessário. Talvez seja por isso que hoje podemos julgar pelo que vêmos a maioria das pessoas que conhecemos. Não há mais aprofundamento sobre nada, pois não precisamos nos aprofundar tudo está tão óbvio, só não enxerga quem não quer.
Podíamos nos calar em vez de tagarelar, talvez descobrir novamente as pequenas coisas da vida, tentar buscar o sentimento de realização simplesmente por estar numa manhã de sábado ensolarada. Eu sei que isto para muitas pessoas não é nada glamouroso, talvez seja tranquilo demais fazer um passeio pelo campo, ir para a serra e todas estas coisas. Eu sei que estas coisas sobre qual eu estou falando não funcionam a todo momento, até porque acho que não existe um ideal, mas sim um equilíbrio de coisas que fazemos e lugares que frequentamos. Considero isto uma busca natural para um equilíbrio interno. Não acho que devo ser alguma coisa e ter o compromisso de seguir até o fim se aquilo não é do meu agrado. Não estou dizendo que se deve desistir e deixar as coisas inacabadas, somente acho que não devemos nos sentir obrigados a fazer alguma coisa por influências externas. É preciso um pouco de clareza de pensamento para compreender que suas escolhas são suas, e claro, afetará a quem estiver em sua volta. E se você tiver um pouquinho de consciênscia saberá quais são as escolhas que realmente deve fazer. E como julgar a sua escolha e dizer que é errada? Ninguém pode fazer isso, nem mesmo você.Meu pensamento voa e ás vezes eu perco o rumo.

sexta-feira, julho 27, 2007

Acontecimento doido(beat)

Eu tenho um amigo que tem uma amiga, ele diz que gosta dela, mas ela não está nem aí. Quando ela fecha a porta, ela fica rindo, ele sai sorrindo como se fosse um campeão. Eu escutei que amanhã eles vão se falar lá na sorveteria, ele sabe que ela vai rir de novo e lhe oferece um napolitano bem gelado. Essas coisas nunca vão funcionar. Ele volta para os braços de sua família. Sua irmã fala que a vida é assim, e seu cunhado quer umas moedas para o cinema. Essas coisas nunca vão funcionar. Eu corro para a rua.
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O que é importante de se observar? Eu acho q é importante olhar as estrelas, mas meu cachorro diz que não sabe, ele fica a babar. Estou caminhando pelo seus lugares, me sinto a vontade e penso que sou você. Sei que não gosta e é capaz de chorar. Fiz um desenho bem colorido sobre o azul do céu, queria que você o explicasse para mim. Não se amole com aqueles caras, eles vão rir até chorarem. Um dia eu estarei dentro daquele avião e poderemos rir de todos. Tudo que é pequeno, tudo que eu quero. Tudo que é simples.
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Quando eu era jovem, eu vi um coração jovem quebrado. Nos olhos das pessoas eu vi tristeza na beira da praia. Eu tinha muita gente para falar desse mundo, mas não importou, porque os cacos eram meus.
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Se você usa biquini, vem passear no calor, você é bonita e sabe sorrir. Não misture as cores para não ficar sozinha. Eu gosto do vermelho pra te ver no espelho, gosto do amarelo quando você come farelos e do azul quando dança.... blues.

segunda-feira, julho 23, 2007

Ansiedade é foda


Sá, Rodrix & Guarabyra:
quero que voce me faça um favor
ja que a gente nao vai mais se encontrar
cante uma cançao que fale de amor
e seja bem facil de se guardar
meu amor, o que eu sou
todo mundo vê
me perdi, me esqueci
dentro do seu mundo
procurando a vida com voce
mesmo que as pessoas lembrem de nós
mesmo que eu me lembre dessa canção
nao vai haver nada pra recordar
nada que valeu, que houve de bom
meu jardim, seu quintal
sempre a mesma flor
hoje nao, cada um
dentro do seu mundo
navegando contra a solidao

segunda-feira, julho 16, 2007

Pássaros e bestas

-Para onde vais?
-Não sei, estava pensando em ficar parado um pouco.
-Eu estou indo trabalhar agora, depois a gente se fala
-Tudo bem!
-Até depois!
-Té!

terça-feira, julho 10, 2007

Boneco de pano


Estou caminhando por aí. O vento leva as folhas e traz a poeira. A chuva pesa no meu corpo e me deixa limpo. O sol seca e aquece. Continuo caminhando... desce luz e sobe luz, surge estrelas e todos dormem. O azul do céu e o lago. Pessoas conversam... enfiam cruzes em minhas costas, todas as coisas holísticas sem eu ver, tento protestar, do que adianta? Querem ajudar dentro de seus limites, se poupando dos seus medos e enfiando goela abaixo suas verdades. Continuo caminhando...tento acreditar nos sorrisos que aparecem, mas nada que eu vejo entra em harmonia no que se passa no profundo algodão do meu ser. O que eu sei sobre a vida? Sou manipulado, sondado, medem a temperatura sem trocar um diálogo e quanto custa um diálogo? Alguns fazem por 35, outros por 50, depende do status do Dr. Ouvido que fará uso do seu talento(escutar). Continuo caminhando... risadas abafadas, comentários abafados, pensamentos abafados, estou no inferno, um tremendo calor! Só sei que nada sei, em passos descordenados eu faço o meu rítmo. Querem um jogo, uma brincadeira, crianças egoístas! Estou deixando as pegadas... minhas pernas não se cansam.

segunda-feira, julho 02, 2007

Meu amor...


Meu amor... sinto muito, mas só ficará nisso, meu amor... meu amor... por enquanto só as frases breves, meu amor... Tudo bem! Ô Beleza! Fechei o livro e fui ver o filme com a minha irmã, que filme besta! Mulheres de vestidos esvoaçantes, falando de seus ancestrais e rituais idiotas. Danças celtas, alimentação celta, novela das seis celta, mulheres celtas, música celta, o meu peido celta, que saco! Já bastava a novela, tinha que aparecer este filme na minha frente! Que porcaria de filme! Uma cultura que parece ser tão idiota feita por pessoas que saíram de contos de fadas e com mentalidade de cinco anos. Cansado da mandinga, do Paulo Coelho e das Brumas de Avalon. Mitologia só pela estética é brincadeira de criança!