domingo, novembro 16, 2014

Sob pressao

"Correntes, ferros em brasa, chicotes e escravidao, é assim que me sinto quando eu trabalho sob pressao.
O que fazer? O que fazer? O que fazer?
Pergunto aos céus, no meio dessas folhas de papel que voam. Nenhuma resposta."

Era esse o texto que tinham me dado para a peça de teatro que estavamos fazendo na escola municipal José Bonifacio quando eu tinha 7 anos. Eu nao conseguia decora-lo. Ficava ensaiando em casa no meio da sala na frente da televisao. Minha familia me olhava como se fosse a novela das 7. Apos tanto ensaio, decidi rasga-lo e fazer no improviso. O pessoal gostou. Eu detestei.

 Com 8 anos decidi largar o teatro e comecei a trabalhar como dançarino em um grupo de reggeaton. Os passos eram muito complicados, minha familia me considerava o novo Carlito da dança contemporanea. Nao me perguntem quem é Carlito, nem eu sei. No dia do show o povo pensou que eu era epileptico e eu quebrei a perna.

10 anos depois decidi virar poeta, mas logo descobri que poeta é um tipo de artista que vem da Grecia e é muito amigo dos deuses gregos. Nao sendo grego e nem amigo dos deuses desse pais eu nao tinha muita chance, o que alguns me aconselharam era de deixar o meu curriculo no Olimpo, quem sabe um dia eles poderiam me ligar e tal. Meus amigos admiravam meus poemas como alguem que admira uma vaca. Eu cheguei à participar de um sarau, mas as pessoas nao conseguiam me escutar, pois elas estavam conversando.

Aos vinte anos eu participei da guerra entre os paises que lutavam pela produçao massiva de brinquedos de plastico contra os paises que defendiam a produçao de brinquedos de madeira. Eu me sentia neutro pois eu gostava de jogar video game e andar de bicicleta. Fui forçado a lutar na liga dos paises que lutavam pela produçao massiva de brinquedos de plastico. Tive que esconder o santo de madeira que a minha vo tinha me dado, o comandante disse que era suspeito. 

Depois da guerra fui levado ao hospital, eles me disseram que eu tinha ficado com sequelas, mas o ponto positivo era que estava curado de uma certa doença que distorce a realidade.



 

sexta-feira, novembro 14, 2014

Quase 2 anos que nao postava...

Quando eu era criança eu pensava que ser adulto era ter 25 anos, um trabalho, uma esposa e filhos. Leitores, voces podem me julgar, criticar, cagar e me lançar a merda. Muitos guris de 7 e 8 anos pensavam o mesmo em 1992. A vida me ensinou que papai noel nao existe e que existe vida depois dos 25, eu sou a prova viva, pois tenho 29 anos. Se isso nao é verdade eu peço para os leitore ignorarem o que eu disse, eu so tinha morrido e nao sabia. O legal é que o post vem do além. Porém, se eu ainda estou vivo eu concluo que: o limite entre velhice e juventude sempre muda.
Mas mudando de assunto, voltar a postar neste blog me da a sensaçao de ter ficado congelado durante milenios e estar recomeçando  à viver. Por isso decidi escrever um bonito poema ( no improviso):

    Tofu

 To nu numa madrugada drogado em casa,
 Casado, comendo comida salgada em pé,
 Pensando que é Carne de gado feita na brasa.
 Que doce ilusao, nao é.

Para os leitores mais inocentes que acreditam que tudo que é escrito aqui é verdade ( tipo a minha mae, leitora fiel), eu deixo bem claro à la Rimbaud: Je est un autre.
Um abraço para todo mundo e até a proxima!