domingo, março 26, 2006

18 de outubro de 2005

Ruminações

O passo que se encontra no caminho, um passo ligeiro e desnorteado, criando vários caminhos em uma estrada de mão única e fechada. Em todas estradas que eu vi neste estado, tem vaca pastando, elas estão ali por algum motivo, quem sabe deixar a visão mais agradável. O comportamento me deixa confuso, e não é o das vacas, quem sabe do observador. Eu fico pensando naquelas cenas curtas do filme que eu vi, já mudei a minha opinião. eu vou seguir até me cansar e isso dura dois minutos. Podemos ser realistas e dizer: gado, carne, dinheiro e panela. Vai ser totalmente aprovado, mas não estou aqui para raciocinar sobre qualquer besteira e estabelecer regras a serem seguidas. Ao meu jeito eu digo: vaca, pasto, estrada e observador.

domingo, março 19, 2006

A sala vermelha (voltando a escrevê-lo depois de 5 anos)

Depois do surgimento do sol, o mundo não acabou. A flor foi jogada fora e o vaso ficou vazio. Os vampiros se esconderam e o Homem(que desta vez chamarei de Horácio)ficou sozinho em sua casa, a única coisa que terminou foi ela. Ela deixou de existir.
As ruas do dia são movimentadas por comerciantes, pessoas que acreditam no dinheiro e por isso, vendem, qualquer coisa que quiseres comprar.
Horácio não dorme. Ele fica olhando a simplicidade do seu jardim. Passarinhos comendo painço, formigas caminhando por seu corpo, moscas e outras variedades de insetos voando. O passado é outra história que explica à que ele vive, mas terá importância? Poderá ele viver desligado do passado? Ele não se preocupa com isso, está muito seguro com o seu presente e despreocupado do seu futuro. Ele que foi representado pela luz que não fazia seu papel em outros tempos, agora vive em estado de pureza e claridade sobre as coisas que o envolvem e rodeiam.
Os gritos, a parcela que irá ganhar, todas as importâncias, todos os interesses, estão por estas ruas, estão naquelas pessoas. A luta primitiva, a verdade absoluta.(Parte11)

sexta-feira, março 10, 2006


Não consigo mais medir os meus sentimentos, perdi a balança. Fico tentando adivinhar, mas sem muita vontade de descobrir, não estou na pressa, a ânsia que destroe qualquer coisa. Olho tranquilo para o que acontece e percebo que tem uma coisa que me incomoda. Não preciso nem olhar para o espelho para descobrir o que é. Ego- uma imagem de mim mesmo que foi criada por mim, a consciência que eu tenho sobre minha pessoa, uma ilusão tosca e distorcida. Eu acho o meu umbigo muito bonito, por isso fico olhando para ele, sempre! As vezes o condeno, mas logo o desculpo, claro, o umbigo é meu! As vezes fico pensando que talvez eu poderia ser mais que este umbigo, claro que para isso eu teria que parar de olhar para ele, parece fácil, mas não é! Uma coisa é óbvia, gostamos que falem de nós, ou imaginar que estão falando de nós e isto mexe com o ego, só que gera insegurança, orgulho, estúpidez,etc. Um monte de sofrimento e ansiedade à toa. O ego é o que nos faz ser do jeito que somos, tanto para o bem quanto para o mal. Porém o ego não é a verdadeira imagem de nós mesmos, pois é uma coisa criada conforme a situação em que vivemos, ou seja, é mutável. Ele estabelece um padrão de comportamento, sim um padrão para cada situação, é uma encenação para cada momento. Que fique bem claro que isso não é uma revolta e sim uma fria análise de que não nos conhecemos e de que estamos longe disso. Achamos que somos algo e formamos opiniões baseado no que os outros dizem de nós, mas não temos certeza. Esta foto que está aí é uma coisa que eu não tenho muito o que dizer sobre ela, é a minha imagem em um estado de semi sono, mas isto não importa!