terça-feira, outubro 25, 2011

Dance for me!

Eu estava em frente dela, estavamos no meio de uma situação fazendo alguma coisa, eu não me lembro o quê. Nesse momento, eu tive a impressão de escutar uma musica ou algum barulho a nossa volta que dava a idéia do som de uma percurssão. Eu sabia que ela iria dançar, mas além disso eu sabia como ela iria dançar. A sua dança iria ser uma dança de sedução e logo eu pensei que dentro do imaginario da maioria das mulheres a dança de sedução é a dança do ventre. Eu não so vi ela, mas diversas outras mulheres fazendo a mesma dança na minha cabeça, a imagem dela foi separada por diversos pequenos quadrados que mostravam outras mulheres dançando da mesma forma. Eu pensei no condicionamento das pessoas a fazerem coisas parecidas, na nossa falta de creatividade, mas também nas coisas simples que englobam a forma de pensar de pessoas. Ela poderia ter dançado de forma diferente, mas para uma dança de sedução a dança do ventre foi o que lhe convinha, pois dentro dos seus conhecimentos a dança do ventre ha um grande poder de sedução. Apos sair dos meus pensamentos, eu tentei acompanhà-la em sua dança sem saber onde eu estava e porque quis fazer aquilo. Algo me perturbava e me tirava da situação. Era a sua dança? Os outros estavam dançando também? Deveria eu dançar? Eu não sabia responder.

domingo, julho 31, 2011


Eu fui à um psicologo. Ele gostava de dinheiro e eu gostava de gastar. Ele estava curioso para saber toda a minha vida. Cada hora de consulta custava 50 reais. O interesse que ele tinha era tão grande que as consultas iriam durar anos até eu conseguir explicar a historia de meus ancestrais. Para falar um pouco (muito) sobre mim, digo, sobre meus ancestrais, eu tive que fazer uma pesquisa. Como ele disse que queria saber de tudo desde a origem, eu tive que pegar os livros de historia. Eu não conseguia entender a utilidade disso, mas não iria questionar o profissional. Eu acredito que o psicologo deve saber o que esta fazendo, pois ele vive disso. É o seu ganha pão não é isso? Eu falava todo o tempo e em alguns momentos ele vinha com aquela cara de: "vou dizer alguma coisa interessante", na maioria das vezes o seu papo não me interessava, mas como disse antes, ele sabe oque faz, eu acho. Gostaria de saber se o psicologo se preocupa mais com o lado financeiro ou com resolver o problema do paciente. Eu poderia ter me empolgado por estar falando sem parar sobre tudo, mas essa não era minha necessidade maior. No fim das contas eu tirei a responsabilidade do psicologo, eu não estava interessado naquelas consultas, pois o seu método não me interessava. Eu acredito que o conhecimento e o autoconhecimento podem vir de outras formas. Eu não acredito que seja na forma de uma bengala, pois quero pensar sozinho. Talvez esteja ignorando toda uma ciência, mas não me sinto mal por isso. Existem pessoas que buscam religiões, outras psicologos, mas porque não buscar a si mesmo ou buscar a vida real. O garçom chega na minha mesa e me pergunta o que eu quero para janta, eu lhe digo: alguma coisa bem real por favor.

quinta-feira, julho 28, 2011

Contagotas


Eu estava enchendo aquele copo com um contagotas e meu amigo me dizia: "Para com isso, a água vai transbordar". Eu não lhe dei ouvidos, continuei na minha atividade obsessiva. Eu queria poder desafiar, mas desafiar o quê? A logica, eu queria sentir o suspense de cada gota que caia e ocupava um lugarzinho dentro do copo que estava prestes a transbordar. Fiquei com aquele contagotas por algum tempo. Sentado na mesa verde da sala, eu estava a olhar de forma obcecada o copo d'água. Nenhuma coisa ou pessoa podia me distrair. Não vou negar que eu via naquele copo d'água algo mais importante que a propria vida. O copo estava sendo desafiado por mim e ele não queria transbordar, mas eu tinha que testa-lo, para ver até onde ele era capaz. Um amigo meu me disse que em algum momento ele transbordaria, mas se ele tivesse contando com a evaporação? Eu não poderia facilitar para esse copo malandro. Eu também queria saber até onde eu era capaz na minha fascinção por coisas sem grande importancia. Na opinião do meu amigo, essa minha fascinação era idiota. Mas o que ele poderia dizer sobre minha fascinação idiota? Não era ele que tinha ficado apaixonado por dez anos pela mesmo moça na qual nunca quis nada com ele. Cada um com suas fascinações que não levam a lugar nenhum. Comecei a gotejar mais seguido, e em um momento eu parei. Eu sabia que a proxima gota iria fazer esse copo transbordar. O que eu queria provar? Que o copo não tinha nenhuma chance comigo? Nesse momento, eu percebi que eu tinha criado uma relação com esse objeto, que para muitos era somente um mero objeto. Para mim ele era um mero objeto também, mas nos estavamos jogando um jogo cheio de suspense que tinha sentido para mim e para o copo. Eu peguei o copo fui até a cozinha, meu amigo me perguntou o que eu estava fazendo, eu não respondi. Eu despejei todo o conteúdo liquido na pia, depois eu enchi um outro copo e voltei para a mesa com um copo cheio e o outro vazio. Com o meu contagotas eu esvaziava um copo e prenchia o outro. Eu sabia que iria ser um trabalho arduo, e eu seguia as regras do nosso jogo, gota por gota até o limite, pois o mais interessante que transbordar é conseguir chegar ao limite do copo, exigir o maximo que ele pode te oferecer. O meu amigo comneçou a criticar o meu jogo, eu lhe respondi que a sua paixão platônica morava ali perto e que nesse momento ela estava a fazer uma corrida pelos arredores. Isso fez com que ele se despreocupasse com a minha vida e fosse correr atras da sua obsessão. Dito e feito, estava ele a sair do meu apartamento com alguma desculpa esfarrapada: " vou na padaria ver se tem ovo". Foi bom que ele tenha saido, pois o meu jogo iria durar o dia inteiro e não queria nenhuma incomodação.

terça-feira, julho 26, 2011

o Mundo, a minha casa.


Estou passando as férias no Brasil. Aqui, eu visitei meus familiares e meus amigos. Não consegui ver todas as pessoas que gostaria e agora não tem mais muito tempo para fazer isso. O inverno do sul do brasil é frio mesmo, mas sempre tem um solzinho para nos tirar do sufoco. A comida é otima e a simpatia das pessoas também. Eu voltei para meu pais para passar as férias, dessa forma eu acabo falando do Brasil baseado no encanto que tive nesse rencontro. Não me condeno por isso, o fato que ignoro a maioria dos problemas que se passam aqui não vão me abalar e muito menos me dar uma sensação de culpa, pois é uma situação normal a todos que retornam ao seus paises apos algum tempo distante. No estrangeiro, eu li jornais de varios cantos do mundo e isso me interessou muito, essas informações me deram a sensação de unidade. Isso modificou um pouco a forma de ver certas coisas. Normalmente nós nos sentimos distanciados das coisas que acontecem no mundo, nos temos a impressão que as fronteiras entre os paises nos afastam dos outros. Isso acontece, porque nos vemos dessa forma, mas nos estamos em um mesmo mundo e passamos por situações parecidas. A felicidade constante que nos vemos no outro é uma mera ilusão. Não existe melhor ou pior. Para argumentar contra isso, as pessoas podem usar as vidas miseraveis que existem no mundo inteiro. Essas vidas são um exemplo extremo, nossas vidas podem ser consideradas melhores que a vida dessas pessoas que morrem de fome. De toa forma o que eu quero mostrar aqui é a ideia de unidade, mesmo tendo paises, culturas, riquezas concentradas em alguns paises, poderes concentrado em outros, nos não somos muito diferentes. Viajar é uma coisa boa, e isso me traz a ideia de uniao, de humanismo.

sexta-feira, julho 22, 2011

Momentos caninos


Eu te espero sentado
como um cachorro eu pulo em você
auauau eu te amo
eu faço a festa, eu sou ignorado
auauau olha pra mim
Me dê um nome, me adote
não quero mais caminhar sozinho por essas ruas
Não quero mais procurar o amor nos lixos
Auauau
Eu irei ao seu encontro
eu ficarei te esperando
e a cada dia eu tentarei te beijar
eu não incomodo muito
sou um cão sem pedigree e suporto o frio e a chuva
O que eu quero é seu carinho e seu afeto
Auauaua
AUUUUUUUUUUUU

Paranoia do Zé viajante

Eu estava la, sentado a lhe escutar, quem nunca encontrou uma pessoa assim, com historias que te fazem ficar mais tranquilo.

"Eu fiquei tanto tempo esperando por um milagre. As pessoas cuspiram no chão e eu também. Fiz tantas coisas erradas como todo mundo mas sempre me protegi numa ilusão, numa religião e em palavras polidas de sabedoria. Agora eu me enterro e saio das cinzas, mas não como as aves mitologicas. Algo mais parecido a faisca. Uma pequena brasa cheia de paixão. Cheia de odio e um sentimento hippie, hipnotico e psicodelico. A vida é um absurdo ou uma conspiração de seres desconhecidos que planejam o mal a toda humanidade."

terça-feira, maio 10, 2011

Na imaginação a gente pode ser deus do nosso proprio universo


Algum tempo atras eu vendi minha imaginação. Depois desse dia, os meus desenhos ficaram lindos, meus poemas e minhas musicas também. Eu fazia tudo como devia ser, nao me distraia com nada de diferente. Os meus amigos e minha familia não me criticavam mais, pois eu não pensava nada além do que era aceitavel. As opiniões da maioria eram inquestionaveis. Por exemplo: no grupo de comunistas eu dizia viva o comunismo e no grupo de capitalistas eu comia um bigmac. Sei que é um exemplo sem muita relaçao com o momento atual, mas serve pois todo mundo conhece essas duas ideologias. As pessoas eram so sorrisos, e eu sentia um prazer enorme em não ter opinião.
Um dia eu me dei de cara com uma velha feiticeira e ela disse para mim: "Você gosta de ser um cachorro não? Um mascote de seus amigos e familiares né?" E eu respondi: "Não." Eu não sabia que resposta ela queria ouvir, mas pensei que ela queria que eu mostrasse alguma atitude, então eu decidi responder "não". A feiticeira se irritou comigo e disse que eu me enganava. Para não contraria-la eu aceitei a ideia. Ela ficou feliz com minha resposta e seguiu no seu método de liberdade. Eu aceitava todos o seu discurso, então certo dia ela disse que eu era uma pessoa livre, e eu respondi: "Legal!".
Ontem a pessoa à quem eu vendi a minha imaginação disse que ela não prestava,pois ele so recebeu criticas com ela. No momento eu nem questionei, pois não sabia como contraria-la. E depois o mundo voltou a questionar e criticar. Então depois de muito pensar eu cheguei a duas conclusoes, primeira: foda-se! segunda: quer que eu deixe de ser diferente entao seja igual a mim!
Na revolta adolescente tardia eu me senti um super heroi com as cuecas por cima da calça.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Cultura sem frescura


Como definir a palavra cultura? Os mais acostumados com a internet ja pensam rapidamente no wikipedia. Foi o que eu fiz, mesmo sabendo que "ele não é uma fonte de informação confiavel". Todos nos sabemos disso, mas e dai? Entramos neste site mesmo assim. Explicarei com as minhas palavras o que eu li no wikipedia.
Cultura é um conjunto de formas de pensar, agir e sentir mais ou menos formalisadas. Esse conjunto de coisas é compartilhado entre um grupo de pessoas. A origem da palavra é latina (culter = habitar, cultivar, honrar), normalmente é relacionada às atividades humanas. Bom, para quem estudou um pouquinho de biologia é conhecido que essa palavra também é utilizada para a cultura animal. Em resumo, é uma palavra que aborda varias areas. Mas de que forma eu quero explorar essa palavra nesse blog? Eu quero mostrar que ha uma cultura individual, que tu constroe a partir das experiencias pessoais e a cultura do coletivo que é aquilo que vocé compartilha com os demais e que é construido em conjunto.
Então, a cultura vem do contato e conhecimento de objetos, de pessoas, de idéias, etc, e para se criar uma competencia dentro desse(s) conhecimento(s) é preciso haver uma renovação constante sobre o(s) mesmo(s).
Se eu adoto essa idéia eu considero que conhecer, estudar, renovar-se são coisas boas. Para mim até ai esta tudo bem. Mas, eu pergunto para vocês: "Quem é que não conhece o discurso? A faculdade não é a coisa mais importante da vida; o importante é trabalhar e conseguir uma boa qualidade de vida; a cultura é elitizada; o conhecimento te torna arrogante, a faculdade te torna arrogante, etc, a colonização apagou nossa cultura, isso não é arte, isso é arte, etc" Vocês podem dizer que esse tipo de discurso é fruto do pouco investimento à educaçao e à cultura e que essas pessoas são extremamente ignorantes e brutas.
Essas pessoas possuem sua propria cultura, mas selecionam ou justificam de uma forma agressiva o dificil acesso financeiro a essa cultura mais elitizada e mais reconhecida, ou mais diferente de sua cultura.
Da parte das pessoas que procuram se "distanciar" desse grupo e se aproximar da elite "bem fornida" de conhecimanto, acho que é um erro também. Se a cultura é o conjunto de coisas compartilhadas, porque criar subgrupos?
A curiosidade é uma coisa importante, que na minha opinião deve estar sempre antes de qualquer julgamento. Com essa curiosidade você nao divide mas sempre soma. Eu acho que é uma forma também de sair de um papel de criança mimada que não gosta disso e daquilo outro para um modelo adulto que procura sempre o mais util sem ignorar aquilo que aparentemente é inutil.

sábado, fevereiro 12, 2011

O palhaço que chora


Falar sobre a ironia é muito facil.

Se você tivesse que dar um exemplo de uma frase irônica o que você diria? Eu utilizaria a antifrase, o que é isso? E quando você diz o inverso daquilo que você quer realmente dizer. Acho que vocês fariam isso também, pois é o tipo de ironia mais comum que existe. Mas existe outros tipos, vocês sabiam? Eu não sabia.
Podemos começar com a ironia que se utiliza da hiperbole. Ela serve à aumentar tudo aquilo que você realmente pensa. Por exemplo: Nossa, estou morrendo de rir.
Ha o oposto desse tipo de ironia, por exemplo, uma pessoa faz algo realmente genial e alguém solta um comentario "é, até que ele não é tão burro". A ação é diminuida.
Podemos encontrar também a ironia socratica, pelo que eu consegui entender ela consiste em guardar o seu conhecimento e se mostrar mais ignorante do que realmente é. Eu não li nada que possa me passar essa método de Socrates, mas gostaria de saber como ele se utilizou desse tipo de discurso. "So sei que nada sei", quem sabe esclarece alguma coisa, foi dito por ele e quando um filosofo diz isso não podemos levar ao pé da letra né?
Além dessas formas existem certas classificações desse tipo de discurso e ha diferentes estudos sobre a ironia. Hoje em dia podemos dizer que ela esta inserida no comportamento de todo mundo. Ela pode servir tanto para amenizar aquilo que tu evita de dizer na cara quanto para detonar com alguém. O problema é que a ironia não corresponde ao que realmente quer ser dito, é um tipo de mensagem que vem mascarada. Ela se utiza do falso para dizer o verdadeiro. Algumas vezes, eu não gosto da ironia, não é sempre que esse tipo de humor funciona. Porém, conheço muita gente que a utiliza todo o tempo, e na minha opinião tudo que é demais não da certo. Se eu continuo esse tipo de raciocinio vou chegar na mesma conclusão que do post anterior. E importante utilisar da ironia com moderaçao, se não você acaba sendo considerado um idiota sem noção da hora de parar com gracinhas e respostas idiotas. Muitos consideram um tipo de humor mais apurado, eu acredito que seja, pois ironizar é um trabalho mais elaborado que dizer literalmente. E preciso pensar um pouquinho para captar a mensagem e é um teste para ver se você presta atençao no assunto que esta sendo tratado.
Da ironia surgem métodos de humor mais acidos como o sarcasmo que denigre um objeto ou pessoa de forma mais sutil, mas não deixa de ser cruel nao é? Podemos citar também o cinismo e o humor negro.
Essas formas consistem em se contrapor a uma moral ou conceito comum do que é correto. Realmente eu os vejo como frascos de venenos que devem ser utilizados com todo cuidado. Talvez eu seja muito moralista e "quadradão", mas realmente não li Nietzsche o suficiente para tomar coragem para sair chutando o balde, mas acho super importante andar armado desses frascos negros e borbulhantes. Nunca se sabe quando vai precisar né?
Bom gente, é isso ae. Abraços e até a proxima.

domingo, fevereiro 06, 2011

Patético


A expressão patético ( ridiculo, deploravel, etc) vem da palavra grega pathos (sofrimento, paixão).
Pathos é um metodo de emocionar o publico, seja de forma oral ou escrita. Ele faz parte dos três métodos de persuasão em um discurso que existe desde a época de Aristoteles.
Então, essa forma de comover o publico pode ser encontrada em diversas situações, não existe um contexto especifico para se utilizar da emoção, o importante é o quanto tu vai utiliza-la no que vai ser dito. Os argumentos utilizados para atingir o expectador, ouvinte ou leitor sao mais pessoais, ou seja, fazem parte de um universo de assuntos que tocam o destinatario. Diversas pessoas utilizam do pathos para persuadir, (politicos, atores, filhos, pais, esposas, maridos, etc.) pensando bem, acho que todo mundo. Na maioria das vezes, ele não é bem visto, pois essa forma de tocar o proximo pode ser considerada um meio de convencer alguem com alguma historia triste ou sem qualquer argumento objetivo, logico e racional.
Imagine então o discurso de uma mãe que perde seu filho, do homem que é abandonado por sua esposa ou da criança que briga com o coleguinha de classe, etc. O ouvinte vai se por numa posiçao fraternal, ele vai tentar compreender sem levar muito a sério, pois a pessoa, nao esta se firmando na razão e sim naquilo que ela esta sentindo. Dependendo da situação esse tipo de discurso vai ser completamente ignorado. A partir disso que foi dito, eu penso que o pathos precisa ser bem dosado. E preciso evitar que seu discurso vire uma novela mexicana. De inicio, não pensar em uma vitima ou se por numa posição de vitima. Para a maioria das coisas existe uma forma bem simples e racional de se explicar. O pathos é como uma pimenta que vai dar a pitada necessaria para fortelecer ou embelezar o discurso, se necessario, mas não é sempre.
Estive pensando nessas coisas e na maturidade que é acompanhada dessa tomada de consciencia do uso do discurso. Saber dominar aquilo que vai ser dito é também um controle emocional. E para os adoradores do discurso patético, eu digo que devemos saber usa-lo de forma focalisada e moderada ( na maioria das vezes, sempre ha excessões).
P.S.: Desculpa pelas faltas de ortografia, o meu teclado é frances e as vezes me esqueço de escrever da forma correta. Muito obrigado pela tolerancia que voces tem! Um abraço a todos!

sábado, fevereiro 05, 2011

E a china? Ta faturando nos States.



A moça de batom vermelho-rouge, com seu vestido rosa-pink. Seu nome, Mary Marie dos Santos Saints. Na esquina da creche das jovens crianças de 18 anos. Pequenos delitos, grandes besteiras. alguem me dizia o discurso mais imbecil que eu podia escutar: "Os mais novinhos queimavam a rosca, era assim no meu bairro". O ambiente era o mais adequado para esse tipo de conversa, nao era mais nada que eu havia pensado. O jogo de xadrez na cabeça dele, ganhar a todo custo, o jogo de xadrez, os peões são feitos para morrer. O jogo de xadrez funciona. Quem é você senhor de fraldas? As pessoas sao feitas de argila, e nesse mundo artesanal, nada é mais que um jogo. O coraçao é um barro so, o homem é feito do que afinal? Não importa!

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Entre o Inferno de Dante e Les soleils des indépendances de Kouruma



Eu estava como um fantasma flutuando numa atmosfera completamente diferente, acompanhando Dante Alighieri na sua caminhada pelo inferno, fui obrigado a parar no canto 18.



Uma viagem direto para africa me foi obrigatoria, e parei num outro tipo de inferno. Os dois mundos sao cheios de sofrimento. E tem como ideal o mesmo, o paraiso. Cada um mostra de sua forma. E é muito interessante. Leituras a mil, e postagem relampago. Abraços!

domingo, janeiro 30, 2011

cabeçavaziaouumvaso.blogspot.com

Ola! O endereço desse blog foi mudado eu peço a todos que querem continuar à lê-lo a seguirem este novo endereço: cabecavaziaouumvaso.blogspot.com
Muito obrigado!

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Zombieland


Nesse momento estou numa vontade de ver filmes de zumbis. Mas não é qualquer filme de zumbi. Tem um estilo bem humorado que eles começaram a fazer que é muito bom. O filme de zombie sem humor é bom também, mas quando da uma avacalhada quebra a tensao e as vezes isso é uma boa sacada para conquistar o espectador.
O filme de zombie traz uma idéia do personagem contra um mundo repleto de seres que querem seu mal e que as regras e leis não funcionam mais. A unica coisa que se deve fazer , nesse tipo de filme, é tentar salvar sua pele. Acho que esse genero surgiu na decada de 50 ou 60, é uma boa pesquisar. Bom eu sei que nos anos 80 teve muito filme de terror com muito sangue e tripa. Porém, os filmes atuais tentam ser mais sofisticados, pois acho que o telespectador esta cansado de toda aquela tripa. Bom, o filme que estou tentando ver é o Zombieland, nao achei ainda. Bom esse filme carrega um certo humor junto com um terrorzinho basico. Outro filme que eu vi que segue o mesmo estilo é o "Ta todo mundo morto", filme que se passa na inglaterra. Muito bem bolado também. Estou interessado de saber um pouco mais sobre esse gênero de filme. Se houver uma pitada de humor melhor!
Ao mesmo tempo que estou nessa fissura de filme de zumbis, estou lendo crime e castigo de Dostoïevski. Comecei hoje, mas ja estou curtindo. Nao sou down e nem mesmo estou em depressao. Sei la porque estou nessa onda dark. E o inverno aqui nem ta tão cinza.

domingo, janeiro 16, 2011

Nada de novo.


Gostaria de escrever sobre algo diferente do que vai aparecer nas linhas seguintes, porém, a minha cabeça gira em torno disso, a minha vida também. Eu nao tenho nenhum outro motivo para viver a não ser isso. Você deve estar se perguntando, "sobre o quê ele esta falando?". Eu falo sobre organização e estudos. Sem essas duas coisas, eu entro em um vazio completo. Hoje fez um belo dia de sol, eu mal o aproveitei, por dez segundos eu pus a cabeça para fora da minha janela e peguei um pouco de seus raios luminosos.
Eu estou estudando Lettres Modernes na universidade Grenoble 3 Stendhal. Ela se situa no campus universitaire, na cidade de St. Martin D'Heres, França. Eu moro na cidade ao lado, Grenoble, numa residência de estudantes (Le Rabot). Depois de ter abandonado o curso de literatura no Brasil, e passado por uma experiencia religiosa, eu recebi um convite da minha irmã de visitar a França e, quem sabe, retornar aos estudos de letras nesse novo lugar. Eu achei interessante, porque sempre fui interessado em conhecer coisas diferentes que tenham um pouco de dificuldades para chegar ao resultado positivo. Bom, tive um mês e meio para me organizar para toda a função. Passaporte, traduçao de documentos, visto, dinheiro, etc. Meu mundo estava se esvaziando de coisas do passado e se enchendo de burocracia e papéis. Estressei a minha mãe, a minha irmã, enfim, toda a minha familia, nesse periodo de tempo, mas pus o pé no avião e decolei. Coisas que precisam ser informadas ao leitor, antes de tudo, eu estava indo para um pais onde nao conhecia quase nada da lingua e da cultura. "Bonjour" , "merci" e "je ne sais pas parler français" era o que eu sabia dizer. Estava indo para o desconhecido, conhecia alguns escritores, mas o meu conhecimento é realmente inferior do que é exigido para um estudante que quer fazer literatura francesa. Antes de começar a faculdade e estudar a literatura, era preciso saber falar frances, o minimo que fosse. Eis o primeiro desafio, pois a proposta era um ano de estudos em frances e depois iria ver se era possivel continuar ou não na universidade. Nas primeiras semanas, fiquei completamente dependente da minha irmã, um pouco de protecionismo dela, um pouco de falta de atitude minha, enfim, foi um inicio um pouco assustador. Me sentia numa bolha, pessoas falando coisas que eu nao fazia nem idéia. O meu curso de frances, nivel debutante, estava demorando para começar. Esse sentimento de bolha se prolongou. Primeira residencia que habitei, Condillac, uma das residências mais mal afamadas da cidade. Mas, por alguma "sorte", consegui um bom quarto. Desde que eu me conheci por gente, eu dividi a cama com a minha mãe, os quartos com as minhas irmãs, etc. Ja tive um quarto so meu, mas sempre sofri a invasao da mãe, das irmãs, da tia e do pai com sua terceira esposa que queriam utilizar o computador ou fazer qualquer outra coisa no quarto. O que era meu era dos outros também. O quarto da Condillac, foi o primeiro quarto pago e realmente so meu. Em duas semanas nesse pais, eu consegui um trabalho. A minha irmã havia informado aos seus amigos que eu precisava de um emprego, esse era um motivo de inquietaçao nessas duas semanas. Foi a primeira grande noticia para alegrar a todos e dizer que esse inicio prometia. Aqueles que nao tinham muita fé nessa minha empreitada, ja mudaram suas opiniões. A alegria foi geral. O curso ainda nao tinha começado, e eu estava começando a trabalhar. Nesse trabalho havia dois brasileiros, eles me ensinaram tudo o que eu tinha que fazer nesse restaurante. Eu nao entendia nada o que os outros diziam, meu primeiro dia de trabalho foi um nervosismo total, nao sabia se isso era realmente o que eu queria, mas nao tinha mais como voltar atras, eu me prometi em jamais olhar para tras ou querer desistir disso que estava tentando. Sempre via como uma situaçao de prova para ver o quanto eu era capaz de suportar. Nao fazia nada muito dificil, o meu problema era a lingua e a falta de pratica do trabalho. A pratica veio mais rapido que o aprendizado da lingua francesa. Cada dia que passava eu ia deixando alguma coisa do meu passado para tras, eu nao fiz nenhum gesto contra essa mudança, me joguei sem hesitar nesse novo universo. Rapidamente, decorei o meu numero de telefone, os nomes dos "trams", o endereço da casa da minha irma, da sogra dela e do curso de francês, que enfim havia começado. Um sentimento de diferença a todo momento, com todos a minha volta. Estava estranhando muito. Isso me machucava, pois não era um turista, um estudante de échange ou de intercâmbio. Estava vindo para viver um ano, sendo que tinha largado uma vida completamente diferente. Bom, depois dessa primeira parte do inicio, a poeira foi baixando, mas outras inquietaçoes foram surgindo. A minha irmã fazia uma pequena pressão para eu me enturmar, eu realmente queria curtir essa solidão. Era um tempo que eu precisava para assimilar essas mudanças. Uma coisa que eu logo percebi que o tempo passa muito rapido, comecei a participar do circulo de conversaçao do curso de francês, fui progredindo, mas sempre bloqueado para uma conversação espontanea. Fazia dois cursos de frances nivel A1, que consistiam em duas aulas por semana cada, duas na terças e quintas a noite e duas nas terças e quintas de manha. Meu trabalho no restaurante era das 11:45 até as 13:45, duas horas por dia, eu tinha a possibilidade de almoçar la. Os cursos de conversaçao eram na segunda a noite, na quarta a tarde e na quarta a noite. Havia um voluntario do curso de Frances que me ajudava nos estudos toda a sexta feira a tarde, ele me convidava para jantar toda sexta a noite. Enfim tinha a possibilidade de amelhorar o meu francês, mas estava sempre bloqueado para o dia-a-dia. O que me impedia, eu acho, era o tempo normal de assimilaçao. Nao conseguia mudar isso, ou mesmo a pressao que sofria em ouvindo dos outros " em um mês ja estava falando", " em tres meses tu ja vai falar", "em 3 meses ela estava se comunicando", bom isso me fazia pensar que eu tinha esse mesmo tempo para fazer o mesmo. Chegando o mês de dezembro, a minha mãe havia decidido em fazer uma visita. Na verdade, não sabia se isso ia atrapalhar no meu aprendizado, pois queria falar o menos possivel em português. Sabia que ela estava disposta à vir não importando o que eu dissesse, aliàs ela tinha bancado toda a minha viagem, nao tinha como dizer não. Ela veio, tivemos alguns conflitos, momentos bons também, viajamos pela Espanha, na cidade de Barcelona, passamos o natal e o ano novo juntos. Ela foi embora em janeiro, ja fazia tres meses que eu estava aqui mas nao estava me comunicando como o esperado. Nesse mês de dezembro falei muito em português, fiquei a maior parte do tempo com a minha irmã e minha mãe. Português, português e português. O segundo desafio estava preste a surgir, o exame para entrar na faculdade. Como eu disse, nao estava tão bem como o esperado na comunicação em francês, com os estudos de jornais, revistas e filmes adquiri um bom vocabulario e ja tinha alguma noção de escrita. Porém a prova exigia um nivel B1, e eu estava no nivel A1+ no curso de françês. Esse exame tinha sido previsto para setembro, mas na verdade nao era bem assim. O caso é que eu não podia continuar meus estudos do ponto que eu tinha parado no Brasil e teria que começar toda a graduação. Eu segui em frente sem hesitar, nao queria voltar para o Brasil so com o curso de francês. Para entrar no primeiro ano de graduação numa Universidade Francesa, era preciso fazer o exame de nivelamento de frances em fevereiro. Até fevereiro eu teria quase cinco meses de estudo na lingua. Nao recebi muita motivação para fazer esse exame, meu professor pensava que eu não era capaz e que eu estava disperdiçando meu dinheiro, ela me disse isso. Bom, eu ja havia pago o exame, eu teria que fazer de toda forma, com ou sem a ajuda do professor. Nesse meio tempo eu conheci uma chinesa, nos chegamos a namorar. Foi um momento que me deixou menos sozinho e mais contente. Comecei a frequentar os cinemas e restaurantes com ela, foi legal, comecei a falar frances quase todo dia também. Os cursos não davam muita abertura para o estudante expressar o seu conhecimento. O momento que eu tinha para me expressar era na quarta a noite e na sexta feira, o voluntario para o curso de conversaçao dava a oportunidade do aluno falar. Com a minha namorada foi mais um momento que eu podia falar tranquilamente em francês, sem estar sendo avaliado. Chegado o dia do exame, houve uma morte e um renascimento causado por uma falha minha que até agora eu não consigo explicar. Eu perdi o exame, considerei o horario de termino do exame como o horario de inicio. Eu morava ao lado da universidade, cheguei la quase ao meio dia, o exame ja estava quase no fim e não podia fazê-lo. O mundo desabou. A minha irmã lavou as mãos e me encheu de cobranças, estava estressada pois pensava que as culpas iam cair sobre ela ou que eu iria ficar esperando que ela solucionasse o problema. Bom, eu nao sabia o que podia fazer, a secretaria da universidade nao teve nenhuma boa vontade de explicar o que poderia ser feito, sua boca se abria somente para dizer que não era possivel. Nessa noite nao estava muito animado, havia brigado com minha irmã, em resumo, resolvi tomar um porre. Estava podre de bêbado no meu quarto, pois voltar para o Brasil com as mãos abanando era algo bem possivel, recebi o apoio da minha namorada e do voluntario do curso de frances, conversei com eles pelo celular e pela internet completamente embriagado. Uma das soluções era continuar o curso de frances e tentar no ano seguinte. Mas ao falar com a minha mãe sobre isso, a minha irmã se manifestou, resumo, essa idéia foi vetada, pois poderia nao conseguir. Eu tinha que tentar de todas as formas de fazer esse exame. Eu ja havia mandado diversos e-mails para diversos lugares, mas as respostas não chegavam, as esperanças eram as minimas. Mas na segunda feira, eu recebi uma resposta do e-mail enviado para a instituiçao responsavel pela prova de nivelamento de francês. A mensagem dizia que havia um segundo teste em Paris e que eu podia escrever uma carta explicando o motivo de ter perdido o exame. Foi o que eu fiz. Na minha carta de justificativa, eu disse que perdi o exame porque a minha irmã tinha estado doente. A minha irmã tinha estado realmente doente nessa semana, entao não era completamente mentira o que eu estava dizendo. Bom, a solução havia sido encontrada e o mais importante, sem a ajuda da minha irmã. Agora era preparar a viagem para Paris, cidade até então nunca vista por mim. Paguei hotel, a namorada ia junto, estava tudo certo. Fiz o exame, conheci Paris, estava bem acompanhado, foi perfeito. A vida continuou, tinha feito o necessario. O mês de abril havia chegado, comemorei meu aniversario sem nenhuma grande celebração. Um jantarzinho romantico com a minha namorada e deu. Nesse mesmo mês recebi o resultado do exame, o teste mostrava que o nivel que eu atingi na prova era B1, mesmo fazendo um curso de nivel A1+ e com todas as desmotivações do meu professor, eu consegui a média. Mandei os documentos para a universidade. A secretaria nao pode recusar, a universidade tinha que analisar o meu dossiê para ver se eu podia ser aceito. Eu havia entrado no processo normal de avaliaçao da faculdade, até o fim do mês eu iria receber uma resposta. Num sabado eu recebi uma carta da Universidade Stendhal, eu sabia que dentro dela podia estar o sim ou o não da resposta. Não tendo a coragem de abrir fui até a minha irmã, ja não estavamos mais brigados. Ela me disse para abrir logo aquela carta, a resposta foi positiva, a universidade tinha pré-aceitado, ou seja ainda faltava uma ultima inscrição. Mesmo assim, a alegria foi geral. A minha namorada não se manifestou muito, na época ela ja estava mudando, estava trabalhando 8 horas por dia, tinha largado os estudos e isso ja era o inicio de um fim, ja nao nos comunicavamos muito. Nosso relacionamento desgastou e em junho acabamos, foi triste mas não tive tempo para refletir muito. As exigencias para a entrada na Facul eram varias. A minha irmã estava se preparando para ir para o Brasil, o verao europeu estava chegando. O meu trabalho no restaurante estava chegando ao fim, pois era uma instituiçao universitario, no momento que acabasse o ano escolar o restaurante iria fechar. Nesse tempo estive lendo alguns livros em frances, terminando os cursos de frances e procurando um trabalho para as férias. Antes da minha irmã partir, ela conseguiu com sua amiga um trabalhinho em troca de uma moradia. Eu teria que cuidar de uma gata durante o mês de julho e agosto. Os seus donos iriam partir ao Brasil também com sua filha de poucos meses. Havia tambem a casa da minha irmã e o felino dela, que eu tinha que cuidar também. Entao fiquei com esse serviço no verão. Sai da residencia condillac, ja havia feito o pedido para a residência Le Rabot e agora era estudar para a faculdade. As mudanças foram cansativas, tive que pegar tudo que tinha na Condillac e levar para a casa dos brasileiros. Depois teria que pegar todas essas coisas e levar para o Rabot. Os dois meses com a Popo foram marcantes. Acabei no ritmo dessa gata noturna, seguia todos os seus horarios. O verão europeu é quente! No fim de agosto ja estava super apegado a gata, mas tudo tem seu fim né. Devolvi a casa e o felino aos seus respectivos donos. Eles gostaram do estado da casa, mas eu havia quebrado um calice de vinho, um pote de plastico, e estragado o microondas. Que vergonha! Eles nao falaram nada, mas mesmo assim não é muito legal né? Com a ajuda do sogro da minha irmã eu levei todas as coisas para o Rabot. O quarto era diferente, o piso era cinza e velho, dava a impresséao de sujo, mas a vista era a melhor. E foi isso que mais me atraiu nessa residência. o mês de setembro havia chegado, e a inscrição definitiva para a universidade devia ser feita. Fiz a inscriçao no ultimo dia de validade do meu passaporte, eu tinha pensado que havia um mês de tolerancia apos o vencimento do passaporte, mas na realidade não tinha. A minha inscriçao havia sido feita, o meu dinheiro estava no fim, nao havia trabalhado nesses dois meses de férias. Tentei de novo o restaurante, mas dessa vez houve dois problemas, o passaporte e os horarios das disciplinas. Com o passaporte vencido, não poderia trabalhar, teria que esperar a revalidaçao do visto, apos ter conseguido isso, os horarios das disciplinas não correspondiam com os horarios do trabalho. Resumo, o chômage(desemprego) da frança havia me atingido. De setembro a dezembro fui me virando como pude, recebendo as ajudas da minha familia. Em dezembro recebi uma ajuda da assistente social também. Enviei meu curriculo para varios lugares, mas nao recebi respostas. Os exames me atrapalharam também. A minha cabeça ficou completamente cheia de preocupações, mas eu tinha que continuar. Esse inicio de semestre foi realmente dificil. Apesar de ter me apaixonado completamente pelo curso, ter me enturmado na residencia, ter melhorado a minha comunicaçao e a minha escrita eu tinha a instabilidade financeira a todo tempo. Agora, eu terminei os exames do primeiro semestre, tenho que achar uma estabilidade ainda, pois é isso que eu preciso fazer para continuar aqui. Sinto que houve mudanças, e que ainda estou sendo testado para ver té aonde eu aguento, os meus objetivos são os estudos e o aprendizado do francês. O resto é lucro!

segunda-feira, janeiro 10, 2011

2011

Depois de setembro de 2009, eu nunca mais tive certeza de nada. Quando eu pensei que estava bem, estava mal, quando pensei que tinha perdido tudo, estava ganhando. Um susto a cada passo. A minha cabeça e o meu coraçao sempre a sobressaltos, mas sempre espero que as coisas melhorem. Tenho algumas experiencias, e aprendi que se tu nao se ama, ninguem vai poder te amar por ti, mesmo se tu tiver uma mãe ou um pai super corujas. Aprendi tbm, que a comunicaçao é importante, mas é importante mesmo, e que as pessoas notam a diferença de um sorriso de uma cara fechada. Com certeza o mundo nao é um monte de fotografias do facebook, nem os papos do msn, que tem a sua importancia quando se mora longe. Mas o que eu quero dizer é que de uma forma ou de outra as coisas vão indo, e nao tem ninguem para julgar. Mesmo se tem um metidinho querendo apontar o dedo, nao da bola. Realmente nao da para dar bola. Nao sou mais adolescente querendo participar de grupos para nao me sentir sozinho. 25 anos nas costas, chegando aos 26, alguma coisa tem que vingar dessa arvore, com certeza estou batalhando para isso. A literatura é um amor que tem que ser cultivado, e o prazer do conhecimento é enorme. E tu sabe que tem pessoas que adoram os livros, estéticamente, sem mesmo ter lido muitos. Isso ja é alguma coisa. O segundo passo é se aproximar deles e saber como eles funcionam. E nao é tao facil assim. Tem gente que é mestre em programaçao, mas nao compreende a construçao de um Dom Quixote. Cada um no seu forte. Mentes fortes em repetir, mentes fortes em compreender, mentes fortes...ou fracas, tanto importa no quê. Bom, antes dos exames de janeiro uma pessoa me perguntou se eu achava que conseguiria fazer todos os testes da faculdade. Resposta: Nao da para fazer essa pergunta nessa altura do campeonato é preciso fazê-los e ponto. Isso veio naturalmente e ta sendo uma das frases mais fortes nos ultimos tempos.