quinta-feira, junho 26, 2008

Sementes do coração

E lá estava aquela trepadeira colada na parede invandindo todo o pátio, aquela casa antiga, aquele corredor amarelado, aquela fotografia e eu penso em você. Você é a pessoa certa do presente, você está no agora. Não está na fotografia , mas também não lança migalhas de pão para as pombas do futuro. Não se apague, eu tenho um lápis, será que já passou a minha vez? Eu fiquei anos sendo um observador, e as vezes minha mente se torna cruel comigo. As minhas asas estão atrofiadas e as pessoas ainda mantém a gaiola fechada. Será que consigo? Você acredita em mim? Vamos abrir nossas bocas e soltar uma cor rosa que me mantenha ligado a você, toque as minhas mãos e num dia bem frio me abrace forte. Tu não sabe o quanto preciso ser abraçado neste inverno, o outono foi embora, as folhas já caíram todas, sempre sobra uma que resiste, todo inverno é assim, me abrace forte por favor. O inverno me afasta do mundo, não são somente as dores físicas que doem mais em dias assim, as feridas emocionais me tiram a energia completamente. Ultimamente eu sinto o compromisso, eu sinto que se houver um compromisso tudo andará para frente, mas eu preciso durar até a primavera.

sábado, junho 07, 2008

Caçados no oceano

Aquelas gaivotas, perdidas na beira da praia, conchas e pegadas de alguém que já passou há muito tempo. O sol se põe e nasce a toda hora, em algum momento ele é dois. Me faça pensar na sua fantasia de fada, o tempo consome meu tempo e eu me sinto bem por isso. Obrigado Carolina, desliguei o interruptor e está tudo bem. Meu amor come pizza com seus amigos, sua energia faz as lampadas queimarem. Eu me arrependo daquele feijão com cebola na janta, quatro voltas de japa que faltam. Polígrafos de aula, metade dos amigos ausentes no msn, outros se perderam no mundo e uns se esqueceram de mim e deles mesmos. Minha família na cozinha e eu no computador. Enquanto alguns mortais estão se aproximando da luz os anjos se afundam na escuridão.