sexta-feira, outubro 24, 2008

Com a força de todos os músculos do meu coração eu confio no meu taco!


Há um jeito, mas tem tanta gente que se acalma e se acomoda."Isso é tudo o que eu quero","Não quero mais nada do que isso", "Não me importo se é assim, para mim está bom", "Eu sinto no meu coração que é assim que deve ser" e uma lágrima caiu dos seus olhos de tanta emoção. Cada um tem o que merece, e não vou me dar ao luxo de comentar sobre isso. Só lhe peço que não me venha com sentimentalismo.

Deixando a poeira para trás e vendo o que me espera pela frente, sigo firme. O meu peito começa a trabalhar com mais força e é lenha na fogueira, água no feijão. Transbordante, forte e dinâmico, eis a definição dos vários momentos por quais passo. Não aceito a idéia de queda, pois para cair precisava ter subido. Agora assim que vejo a minha primeira viagem de avião. Avião? Esquece, é de foguete! É além daquilo que tu pensa saber. Faz parte dos meus sonhos, faz parte dos meus desejos e faz parte da minha realidade. A semana, os dias e os meses tiveram grandes provas de que tudo aponta para aonde eu quero chegar e acho que juntando tudo dava uma bela obra de arte. Você não irá conseguir chegar nem perto de visualizar o que houve, mas pode tentar imaginar. Eu tenho um exército na minha volta, tu acha que eu estou com medo? Sei que o exército é invisível, mas e daí? O meu sorriso, o meu olhar, a minha convicção, o meu amor que doma o instinto impulsivo, a minha busca silenciosa. São bases de forças poderosíssimas. Eu não canto vitória, eu não me sinto sobrehumano, eu me sinto feliz. Não piso nos meus iguais, mas tomo um caminho que é uma misericórdia e jamais vou conseguir explicá-lo aqui.

É Força pura, Força do amor, a Força que misticamente faz tudo transformar-se e me leva a um plano maior, Absoluto! Repito, não canto vitória, pois não há a quem vencer. Todo mundo está fazendo o seu papel e tomando suas escolhas. Olhar a engrenagem de cima sem se perder no meio da máquina de novo. Um dia chego lá! E é assim que vejo, que chegarei lá, pois essa é a minha meta. "E a que se refere?", a tudo que sempre foi falado, que sempre foi ouvido, mas que poucos se lembram. Força do amor, como chego lá? Caminhando, passo por passo, ouvindo, olhando, pensando, respirando, sentindo, meditando e sorrindo. "Mas essa não é a regra, não foi o que eu li e muito menos o sistema que segui", eu não quero olhos de leitura, eu quero olhos de ação, é isso que necessito, o que se mostra para mim neste momento talvez não seja o que precise ser mostrado para você. A Força, arcano 11. Conforme o meu coração vai revelando, eu vou descobrindo e é assim que quero que seja. Eu sou o que sou e não me molde para algo que eu não queira. A dama que doma a fera é tão linda e tão delicada, longe do que tu conhece. Aceitação, humildade e transformação! É Amor!

segunda-feira, outubro 20, 2008

Entre um post e outro....

sexta-feira, outubro 17, 2008

Um dia a casa cai

Quem é que se lembra desse filme? Eu gosto desse filme e vi ele várias vezes na minha infância. Todo mundo sabe que a sessão da tarde adora repetir um filme quarenta vezes. A emissora faz isso até o ponto de um pirado se indignar e ameaçar explodir a rede de televisão se não botarem mais variedades de filmes. Para resolver esse problema, a emissora decide botar diversos filmes, porém os filmes apresentados nas monótonas tardes da semana são todos de cachorros falantes, macacos, papagaios, bebês que trabalham para CIA, e assim vai. Eu fico pensando comigo, eles são tão seguros de sí que fazem o que querem ou será que eles fazem o que nós queremos? Será que nós gostamos de ser o que somos e reclamar só pra dizer que as coisas não são perfeitas? A pessoa busca uma mudança ou finge que busca uma mudança? Bom, vamos supor que a rede globo escraviza o povo brasileiro com os seus filmes de cachorros falantes e novelas de atores pós cirurgia plástica e modelos. Ela está lá em cima, no topo da montanha russa, na caderinha mais alta da roda gigante e seguindo essa lógica ela vai descer, porque o parque de diversões é para todos e é preciso que todos brinquem. Tem outras criancinhas querendo ficar no alto da montanha russa e na caderinha do céu da roda gigante. "Alguém falou em gigantes?" pergunta Dom Quixote erguendo sua espada enferrujada, levantando-se do sofá. Nesse momento o comunista barbudo de 50 anos de idade, põe sua taça de vinho na mesa e pergunta: "Eu assistirei essa derrocada dos opressores capitalistas e o governar dos oprimidos?". Eu não sou nenhum oráculo né, mas pode ser que os oprimidos tenham o ego tão grande quanto o ego dos opressores que no fim das contas a roda pode girar e a situação continuar a mesma. Todo mundo olha pra cima e a pessoa que olha pra baixo fica corcunda e precisa tomar antidepressivo, mas vamos pensar de uma maneira que se consiga equilibrar os pólos, nem que seja somente na teoria(não gostei de dizer isso). E se tirássemos alguma lição da situação em que nos encontramos? Eu me imagino falando isso no meio da África com um bando de gente morrendo(morrendo mesmo) de fome. Tentar aprender a ficar por baixo para não ratear quando estiver por cima. Captaram? Mas como fica difícil falar isso para alguém de estômago vazio e para alguém com o estômago super lotado de fast food, talvez seja melhor conversar com alguém que se alimenta de arroz e feijão. Nem céu e nem inferno, algo muito humano mesmo, padrão normal. Sem deuses celestiais, pessoas desgraçadas e completamente degradadas ou demônios sem coração. Ali, entre o grande e o pequeno. E se esse for o verdadeiro topo da roda gigante? Bah gente, eu sei, a minha prima Carolina iria me dizer agora se estivesse conversando comigo: "Tu pensa demais!". A roda gigante vai estar sempre girando, em todos os sentidos seja no externo(mundo) como no interno(eu, indivíduo complexo), as montanhas russas da vida e como sempre, seguindo a linha de estudos semanal, a Roda da Fortuna arcano 10.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Recapitulando...


Tudo começou com um ser sem destino e nem origem que estava a caminhar por aí, conhecido por nós como O Louco que é o herói desta jornada. Em seu primeiro momento, ele percebeu que para começar esta jornada era preciso criar uma mesa com os materiais necessários para iniciar os planos, organizar a vida conforme com o que tinha em mãos, eis o momento do Mago. No trajeto seguinte este Mago se deu conta que além dos materiais que tinha em suas mãos ele podia utilizar de sua intuição e de poderes místicos vindo de forças ocultas. Percebeu também que havia uma mulher que possuía todo este conhecimento e que ela tinha acesso a tudo que estava obscuro, a Sacerdotisa. O herói segue a jornada e se depara com o florescer, o criar da vida, a natureza em seu esplendor, a beleza e a arte. A Imperatriz aparece com ar de matrona diz "vem cá que quero lhe dar um beijo meu filho!". Após ser beijado, mimado, ter visto a criação do seu mundo, percebeu que é preciso organizar essa natureza para poder sobreviver, pondo cada coisa em seu lugar e controlando suas emoções. O herói aprende com seu pai, O Imperador, que é preciso ter controle emocional, agir a partir de príncipios e manter a ordem de seu reino no mundo recém criado. Eis o herói agindo conforme o que o Imperador havia lhe dito, mas parece que havia algo mais. Alguma coisa que fosse além desse mundo, algo que explicasse aquilo que não tinha sido explicado até então. A partir desse questionamento surge o Sumo Sacerdote, este lhe diz: "Vamos conversar sobre o que está além do que você é ou pensa ser." Nas conversas com o Sumo Sacerdote ele aprendeu a respeitar tudo o que havia em seu mundo, pois descobriu que tudo o que estava ali era muito mais do que ele via, sentia ou intuia. Ele percebeu que existia algo muito maior que ele. Nesta descoberta ele se deparou com um momento de escolha, um caminho bifurcado apareceu em sua frente e ele estava Enamorado pelas duas trilhas que o chamavam. A sua mente perturbou-se, e por mais que houvesse uma indicação qualquer do caminho certo a seguir ele não conseguia ver. Porém sabia que era necessário seguir adiante e neste momento ele optou por um caminho e foi firme. O herói tomou as rédeas do Carro e partiu em toda velocidade pelo caminho escolhido, não tinha sido fácil, agora ele se sentia seguro, em cima daquele Carro ele assumia uma posição nobre e heróica. Passou alguns dias os cavalos começaram a cansar, a roda quebrou e o carro virou. Lá estava o homenzinho chorando "ó mundo injusto, o que fiz de errado? por que isso está acontecendo comigo?que culpa eu tenho?", o seu mundo mostrou-lhe uma Justiça, um ajustamento de contas com a vida, um equilíbrio natural que o próprio herói desconhecia. E o herói continuou a caminhar, e nessa caminhada ele começou a refletir sobre a sua pessoa, as suas atitudes; começou a escutar mais, observar mais o seu rítimo, a sua respiração e na beira de um lago ele se olhou e viu um velho sábio, um Eremita. Ele já possuia conhecimento, espiritualidade e segurança a partir do longo caminho que havia feito. Uma lamparina que carregava em sua mão iluminava o seu caminho. Esse momento de introspecção foi necessário para o nosso herói conseguir preceber que ele tem uma luz própria, mesmo que fosse uma lamparina, e que ele podia seguir sua jornada sozinho.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Um peso, duas medidas.


Foi isso que vi em seus olhos, lá estava ela, medindo conforme o que lhe convinha. Se fosse outro, talvez passasse em branco, se fosse eu talvez passasse em cinza, mas era ele. E a cor da culpa, se é que isso tem cor, estava a ser pintada no rapaz. Amigo leitor, se você pensa que essa garota estava se sentindo mal por isso ou que havia alguma raiva você se engana, esta situação lhe deixava excitada. A encenação e o drama deixam as pessoas eufóricas, entre o riso e o desabafo havia uma alegria por compartilhar de situações dramáticas. Por causa dessa alegria que todos buscam, que a fofoca se torna algo tão atraente. Mas o que havia acontecido? Nem eu sei. Eu sei que os motivos dela estavam além dos argumentos que sustentava contra ele. O seu punhal ia o seguindo pelas sombras. No momento em que ele mostrasse um sorriso para primeira flor que se abrisse, "pá" e o punhal seria fincado em suas costas. Um punhal de veneno fatal. Em dois minutos e nada mais o corpo cairia num susto e ela se manteria de pé num sorriso. Os planos malignos sempre tem uma dose de açucar em demasia. Eis que está lá por trás dela, um ser gigante com o tamanho de um T.Rex, ele pega ela com as pontas dos dedos e põe na balança junto com todos os seus porquês, ela afunda, no outro lado este ser enorme põe o corpo caído, e todos os contras da ação pensada. A balança começa a subir e descer, a garota fica em descontrole " eu não fiz nada, só foi um pensamento", no outro lado da balança o rapaz ressuscita e fica desesperado " eu não tenho culpa, me tire daqui!". Havia uma espada na outra mão do ser gigantesco, essa arma é levada na direção dos dois e num flash tudo se apaga. Eles vão mergulhando em todos os argumentos e defesas de sí mesmo, estão num mar de loucura e esquecem da sabedoria do silêncio. Acordando em um sonho, eles vêem um Bobo de alguma corte num gramado verde. Dizendo-lhes "não existe, asnos de duas pernas, justiça alguma em terreno humano. Forças inconcebíveis riem de vocês, o justo e o injusto está na cabeça fraca dos seres aleijados, que não possuem pernas fantásticas. A justiça é ilusão". E como sempre este ser de rosto debochado some.
Lendo Otelo de Shakespeare, vi que há um ajustamento das coisas, mas não vejo uma Justiça partidária de alguém ou alguma religião, ideologia, etc, completamente neutra. E ser neutro em condições humanas é uma coisa utópica, isso faz com que essa Justiça não seja vista ou concebida por nós. Uma ação "sobre" e não "entre" nossas capacidades de percepção e interação. Somos duais, a Justiça não é dual. Mas observe bem amigo leitor, estes saberes podem ser usados como argumentos manipuladores. Carta da Justiça, arcano 8. :)