sexta-feira, outubro 17, 2008

Um dia a casa cai

Quem é que se lembra desse filme? Eu gosto desse filme e vi ele várias vezes na minha infância. Todo mundo sabe que a sessão da tarde adora repetir um filme quarenta vezes. A emissora faz isso até o ponto de um pirado se indignar e ameaçar explodir a rede de televisão se não botarem mais variedades de filmes. Para resolver esse problema, a emissora decide botar diversos filmes, porém os filmes apresentados nas monótonas tardes da semana são todos de cachorros falantes, macacos, papagaios, bebês que trabalham para CIA, e assim vai. Eu fico pensando comigo, eles são tão seguros de sí que fazem o que querem ou será que eles fazem o que nós queremos? Será que nós gostamos de ser o que somos e reclamar só pra dizer que as coisas não são perfeitas? A pessoa busca uma mudança ou finge que busca uma mudança? Bom, vamos supor que a rede globo escraviza o povo brasileiro com os seus filmes de cachorros falantes e novelas de atores pós cirurgia plástica e modelos. Ela está lá em cima, no topo da montanha russa, na caderinha mais alta da roda gigante e seguindo essa lógica ela vai descer, porque o parque de diversões é para todos e é preciso que todos brinquem. Tem outras criancinhas querendo ficar no alto da montanha russa e na caderinha do céu da roda gigante. "Alguém falou em gigantes?" pergunta Dom Quixote erguendo sua espada enferrujada, levantando-se do sofá. Nesse momento o comunista barbudo de 50 anos de idade, põe sua taça de vinho na mesa e pergunta: "Eu assistirei essa derrocada dos opressores capitalistas e o governar dos oprimidos?". Eu não sou nenhum oráculo né, mas pode ser que os oprimidos tenham o ego tão grande quanto o ego dos opressores que no fim das contas a roda pode girar e a situação continuar a mesma. Todo mundo olha pra cima e a pessoa que olha pra baixo fica corcunda e precisa tomar antidepressivo, mas vamos pensar de uma maneira que se consiga equilibrar os pólos, nem que seja somente na teoria(não gostei de dizer isso). E se tirássemos alguma lição da situação em que nos encontramos? Eu me imagino falando isso no meio da África com um bando de gente morrendo(morrendo mesmo) de fome. Tentar aprender a ficar por baixo para não ratear quando estiver por cima. Captaram? Mas como fica difícil falar isso para alguém de estômago vazio e para alguém com o estômago super lotado de fast food, talvez seja melhor conversar com alguém que se alimenta de arroz e feijão. Nem céu e nem inferno, algo muito humano mesmo, padrão normal. Sem deuses celestiais, pessoas desgraçadas e completamente degradadas ou demônios sem coração. Ali, entre o grande e o pequeno. E se esse for o verdadeiro topo da roda gigante? Bah gente, eu sei, a minha prima Carolina iria me dizer agora se estivesse conversando comigo: "Tu pensa demais!". A roda gigante vai estar sempre girando, em todos os sentidos seja no externo(mundo) como no interno(eu, indivíduo complexo), as montanhas russas da vida e como sempre, seguindo a linha de estudos semanal, a Roda da Fortuna arcano 10.

Um comentário:

  1. só pessoas inútes passam qualquer tempo assistindo a sessao da tarde tu deve se um inutil mesmo pra filosofa tanta merda.

    DISLIGA A TV E VAI LE UM LIVRO>

    o que tu fica vagabundiando de tarde em vez de faze alguma coisa decenti...

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