sexta-feira, outubro 24, 2008

Com a força de todos os músculos do meu coração eu confio no meu taco!


Há um jeito, mas tem tanta gente que se acalma e se acomoda."Isso é tudo o que eu quero","Não quero mais nada do que isso", "Não me importo se é assim, para mim está bom", "Eu sinto no meu coração que é assim que deve ser" e uma lágrima caiu dos seus olhos de tanta emoção. Cada um tem o que merece, e não vou me dar ao luxo de comentar sobre isso. Só lhe peço que não me venha com sentimentalismo.

Deixando a poeira para trás e vendo o que me espera pela frente, sigo firme. O meu peito começa a trabalhar com mais força e é lenha na fogueira, água no feijão. Transbordante, forte e dinâmico, eis a definição dos vários momentos por quais passo. Não aceito a idéia de queda, pois para cair precisava ter subido. Agora assim que vejo a minha primeira viagem de avião. Avião? Esquece, é de foguete! É além daquilo que tu pensa saber. Faz parte dos meus sonhos, faz parte dos meus desejos e faz parte da minha realidade. A semana, os dias e os meses tiveram grandes provas de que tudo aponta para aonde eu quero chegar e acho que juntando tudo dava uma bela obra de arte. Você não irá conseguir chegar nem perto de visualizar o que houve, mas pode tentar imaginar. Eu tenho um exército na minha volta, tu acha que eu estou com medo? Sei que o exército é invisível, mas e daí? O meu sorriso, o meu olhar, a minha convicção, o meu amor que doma o instinto impulsivo, a minha busca silenciosa. São bases de forças poderosíssimas. Eu não canto vitória, eu não me sinto sobrehumano, eu me sinto feliz. Não piso nos meus iguais, mas tomo um caminho que é uma misericórdia e jamais vou conseguir explicá-lo aqui.

É Força pura, Força do amor, a Força que misticamente faz tudo transformar-se e me leva a um plano maior, Absoluto! Repito, não canto vitória, pois não há a quem vencer. Todo mundo está fazendo o seu papel e tomando suas escolhas. Olhar a engrenagem de cima sem se perder no meio da máquina de novo. Um dia chego lá! E é assim que vejo, que chegarei lá, pois essa é a minha meta. "E a que se refere?", a tudo que sempre foi falado, que sempre foi ouvido, mas que poucos se lembram. Força do amor, como chego lá? Caminhando, passo por passo, ouvindo, olhando, pensando, respirando, sentindo, meditando e sorrindo. "Mas essa não é a regra, não foi o que eu li e muito menos o sistema que segui", eu não quero olhos de leitura, eu quero olhos de ação, é isso que necessito, o que se mostra para mim neste momento talvez não seja o que precise ser mostrado para você. A Força, arcano 11. Conforme o meu coração vai revelando, eu vou descobrindo e é assim que quero que seja. Eu sou o que sou e não me molde para algo que eu não queira. A dama que doma a fera é tão linda e tão delicada, longe do que tu conhece. Aceitação, humildade e transformação! É Amor!

segunda-feira, outubro 20, 2008

Entre um post e outro....

sexta-feira, outubro 17, 2008

Um dia a casa cai

Quem é que se lembra desse filme? Eu gosto desse filme e vi ele várias vezes na minha infância. Todo mundo sabe que a sessão da tarde adora repetir um filme quarenta vezes. A emissora faz isso até o ponto de um pirado se indignar e ameaçar explodir a rede de televisão se não botarem mais variedades de filmes. Para resolver esse problema, a emissora decide botar diversos filmes, porém os filmes apresentados nas monótonas tardes da semana são todos de cachorros falantes, macacos, papagaios, bebês que trabalham para CIA, e assim vai. Eu fico pensando comigo, eles são tão seguros de sí que fazem o que querem ou será que eles fazem o que nós queremos? Será que nós gostamos de ser o que somos e reclamar só pra dizer que as coisas não são perfeitas? A pessoa busca uma mudança ou finge que busca uma mudança? Bom, vamos supor que a rede globo escraviza o povo brasileiro com os seus filmes de cachorros falantes e novelas de atores pós cirurgia plástica e modelos. Ela está lá em cima, no topo da montanha russa, na caderinha mais alta da roda gigante e seguindo essa lógica ela vai descer, porque o parque de diversões é para todos e é preciso que todos brinquem. Tem outras criancinhas querendo ficar no alto da montanha russa e na caderinha do céu da roda gigante. "Alguém falou em gigantes?" pergunta Dom Quixote erguendo sua espada enferrujada, levantando-se do sofá. Nesse momento o comunista barbudo de 50 anos de idade, põe sua taça de vinho na mesa e pergunta: "Eu assistirei essa derrocada dos opressores capitalistas e o governar dos oprimidos?". Eu não sou nenhum oráculo né, mas pode ser que os oprimidos tenham o ego tão grande quanto o ego dos opressores que no fim das contas a roda pode girar e a situação continuar a mesma. Todo mundo olha pra cima e a pessoa que olha pra baixo fica corcunda e precisa tomar antidepressivo, mas vamos pensar de uma maneira que se consiga equilibrar os pólos, nem que seja somente na teoria(não gostei de dizer isso). E se tirássemos alguma lição da situação em que nos encontramos? Eu me imagino falando isso no meio da África com um bando de gente morrendo(morrendo mesmo) de fome. Tentar aprender a ficar por baixo para não ratear quando estiver por cima. Captaram? Mas como fica difícil falar isso para alguém de estômago vazio e para alguém com o estômago super lotado de fast food, talvez seja melhor conversar com alguém que se alimenta de arroz e feijão. Nem céu e nem inferno, algo muito humano mesmo, padrão normal. Sem deuses celestiais, pessoas desgraçadas e completamente degradadas ou demônios sem coração. Ali, entre o grande e o pequeno. E se esse for o verdadeiro topo da roda gigante? Bah gente, eu sei, a minha prima Carolina iria me dizer agora se estivesse conversando comigo: "Tu pensa demais!". A roda gigante vai estar sempre girando, em todos os sentidos seja no externo(mundo) como no interno(eu, indivíduo complexo), as montanhas russas da vida e como sempre, seguindo a linha de estudos semanal, a Roda da Fortuna arcano 10.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Recapitulando...


Tudo começou com um ser sem destino e nem origem que estava a caminhar por aí, conhecido por nós como O Louco que é o herói desta jornada. Em seu primeiro momento, ele percebeu que para começar esta jornada era preciso criar uma mesa com os materiais necessários para iniciar os planos, organizar a vida conforme com o que tinha em mãos, eis o momento do Mago. No trajeto seguinte este Mago se deu conta que além dos materiais que tinha em suas mãos ele podia utilizar de sua intuição e de poderes místicos vindo de forças ocultas. Percebeu também que havia uma mulher que possuía todo este conhecimento e que ela tinha acesso a tudo que estava obscuro, a Sacerdotisa. O herói segue a jornada e se depara com o florescer, o criar da vida, a natureza em seu esplendor, a beleza e a arte. A Imperatriz aparece com ar de matrona diz "vem cá que quero lhe dar um beijo meu filho!". Após ser beijado, mimado, ter visto a criação do seu mundo, percebeu que é preciso organizar essa natureza para poder sobreviver, pondo cada coisa em seu lugar e controlando suas emoções. O herói aprende com seu pai, O Imperador, que é preciso ter controle emocional, agir a partir de príncipios e manter a ordem de seu reino no mundo recém criado. Eis o herói agindo conforme o que o Imperador havia lhe dito, mas parece que havia algo mais. Alguma coisa que fosse além desse mundo, algo que explicasse aquilo que não tinha sido explicado até então. A partir desse questionamento surge o Sumo Sacerdote, este lhe diz: "Vamos conversar sobre o que está além do que você é ou pensa ser." Nas conversas com o Sumo Sacerdote ele aprendeu a respeitar tudo o que havia em seu mundo, pois descobriu que tudo o que estava ali era muito mais do que ele via, sentia ou intuia. Ele percebeu que existia algo muito maior que ele. Nesta descoberta ele se deparou com um momento de escolha, um caminho bifurcado apareceu em sua frente e ele estava Enamorado pelas duas trilhas que o chamavam. A sua mente perturbou-se, e por mais que houvesse uma indicação qualquer do caminho certo a seguir ele não conseguia ver. Porém sabia que era necessário seguir adiante e neste momento ele optou por um caminho e foi firme. O herói tomou as rédeas do Carro e partiu em toda velocidade pelo caminho escolhido, não tinha sido fácil, agora ele se sentia seguro, em cima daquele Carro ele assumia uma posição nobre e heróica. Passou alguns dias os cavalos começaram a cansar, a roda quebrou e o carro virou. Lá estava o homenzinho chorando "ó mundo injusto, o que fiz de errado? por que isso está acontecendo comigo?que culpa eu tenho?", o seu mundo mostrou-lhe uma Justiça, um ajustamento de contas com a vida, um equilíbrio natural que o próprio herói desconhecia. E o herói continuou a caminhar, e nessa caminhada ele começou a refletir sobre a sua pessoa, as suas atitudes; começou a escutar mais, observar mais o seu rítimo, a sua respiração e na beira de um lago ele se olhou e viu um velho sábio, um Eremita. Ele já possuia conhecimento, espiritualidade e segurança a partir do longo caminho que havia feito. Uma lamparina que carregava em sua mão iluminava o seu caminho. Esse momento de introspecção foi necessário para o nosso herói conseguir preceber que ele tem uma luz própria, mesmo que fosse uma lamparina, e que ele podia seguir sua jornada sozinho.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Um peso, duas medidas.


Foi isso que vi em seus olhos, lá estava ela, medindo conforme o que lhe convinha. Se fosse outro, talvez passasse em branco, se fosse eu talvez passasse em cinza, mas era ele. E a cor da culpa, se é que isso tem cor, estava a ser pintada no rapaz. Amigo leitor, se você pensa que essa garota estava se sentindo mal por isso ou que havia alguma raiva você se engana, esta situação lhe deixava excitada. A encenação e o drama deixam as pessoas eufóricas, entre o riso e o desabafo havia uma alegria por compartilhar de situações dramáticas. Por causa dessa alegria que todos buscam, que a fofoca se torna algo tão atraente. Mas o que havia acontecido? Nem eu sei. Eu sei que os motivos dela estavam além dos argumentos que sustentava contra ele. O seu punhal ia o seguindo pelas sombras. No momento em que ele mostrasse um sorriso para primeira flor que se abrisse, "pá" e o punhal seria fincado em suas costas. Um punhal de veneno fatal. Em dois minutos e nada mais o corpo cairia num susto e ela se manteria de pé num sorriso. Os planos malignos sempre tem uma dose de açucar em demasia. Eis que está lá por trás dela, um ser gigante com o tamanho de um T.Rex, ele pega ela com as pontas dos dedos e põe na balança junto com todos os seus porquês, ela afunda, no outro lado este ser enorme põe o corpo caído, e todos os contras da ação pensada. A balança começa a subir e descer, a garota fica em descontrole " eu não fiz nada, só foi um pensamento", no outro lado da balança o rapaz ressuscita e fica desesperado " eu não tenho culpa, me tire daqui!". Havia uma espada na outra mão do ser gigantesco, essa arma é levada na direção dos dois e num flash tudo se apaga. Eles vão mergulhando em todos os argumentos e defesas de sí mesmo, estão num mar de loucura e esquecem da sabedoria do silêncio. Acordando em um sonho, eles vêem um Bobo de alguma corte num gramado verde. Dizendo-lhes "não existe, asnos de duas pernas, justiça alguma em terreno humano. Forças inconcebíveis riem de vocês, o justo e o injusto está na cabeça fraca dos seres aleijados, que não possuem pernas fantásticas. A justiça é ilusão". E como sempre este ser de rosto debochado some.
Lendo Otelo de Shakespeare, vi que há um ajustamento das coisas, mas não vejo uma Justiça partidária de alguém ou alguma religião, ideologia, etc, completamente neutra. E ser neutro em condições humanas é uma coisa utópica, isso faz com que essa Justiça não seja vista ou concebida por nós. Uma ação "sobre" e não "entre" nossas capacidades de percepção e interação. Somos duais, a Justiça não é dual. Mas observe bem amigo leitor, estes saberes podem ser usados como argumentos manipuladores. Carta da Justiça, arcano 8. :)

segunda-feira, setembro 29, 2008

We can be HEROES just one day


O que me leva a ser além do que sou? Que força é essa que age sobre mim? Até onde eu tenho noção da realidade? Quando as pessoas somem da minha frente eu vejo somente louvores ao meu "pequeno" e "humilde" ego. A queda e as tempestades, a terra vai ficando lamacenta e eu vou afundando. O controle de alguma coisa já teve em minhas mãos. Essa alguma coisa pode ser eu.
A minha família, as minhas escolhas, os meus amigos, as minhas posições para com o mundo e comigo mesmo. Segunda feira passada eu levei um tombo, o momento era de pressa e o nervosismo estava tomando conta de mim. Eu precisava tanto usar o computador naquele momento, corria em direção a minha casa. Veio um pensamento em minha mente, "a minha mãe vai estar usando o computador". Este pensamento trouxe uma imagem de discussão e descontrole. A imagem da rua ia se apagando naquele anoitecer, agora eu consigo imaginar algo relacionado com a neura que a personagem principal do livro "os Ratos" teve que lhe tirou o sono. No meu afundamento nessa energia descontralada e irada, acompanhada de um passo ligeiro e cego fez a queda mais linda que tive nestes últimos tempos. A minha mão ia tocando o solo de pedras pontiagudas e rasgando a pele, o meu joelho e o cotovelo tentavam amortecer a queda, porém a calça jeans, o casaco e o cuecão que eu usava por baixo não foram suficientes e mesmo assim houve ferimentos nestas regiões também. Estava no chão segurando meu joelho, uma mulher disse algo, como "cinco minutos perdidos...atenção...", não me lembro. A carta estudada na semana que passou foi o Carro, carta relacionada a família, a um momento de seguir naquela posição tomada, um momento de glória. Mas para tomar rédeas da carruagem do herói necessito de algum controle e maturidade, senão serei uma criança que não consegue ter comando sobre seus cavalos. No momento antes da queda , eu estava prestes a apresentar um trabalho para faculdade, estava me sentindo muito bem e já imagináva-o sendo exposto aos outros. Via as glórias sobre mim, a queda fez com que este fosse adiado para a semana da Justiça(carta que estou estudando agora), ou seja hoje!

A carta do carro é relacionado a um momento de glória , o desfile do herói. Com certeza isso é momentâneo, pois amanhã sabe-se lá o que vai acontecer. Uma coisa que foi vista também relacionada aos heróis foram as idéias pedagógicas quase utópicas da professora de quinta feira sobre o professor que é preciso ter em sala de aula. Meu deus! Eu acho que as pessoas vivem em outro mundo ou eu sou um cara muito tosco. Caros leitores, agora eu peço para que todos façam um exercício de visualização sobre este herói educador que é idealizado em sala de aula. Ele irá trabalhar para sustentar-se, fará pesquisas em ambiente acadêmico, sempre estará buscando se atualizar em sua área, suas aulas serão direcionadas e contextualizadas de acordo com o universo cultural de cada aluno, ele será participativo na sociedade e também terá direito a um descanso. Quantas horas esse professor irá trabalhar? Fazer tudo ou fazer o que se pode? "Mas é preciso haver a superação, ir além do fazer o que se pode" é o que ela diz, então eu penso "me dá um elemento x para que haja esta super-ação".

sexta-feira, setembro 12, 2008

"O inferno não tem fúria igual a da mulher desprezada"




Enfim, cheguei em uma situação kármica que sempre apareceu nos meus vinte e três anos de vidinha, a bifurcação do caminho existencial. Olho para um lado e vejo aquela estradinha de chão batido, com casinhas pequenas de pessoas que me conhecem e abanam como se não houvesse dúvida alguma que logo estarei ali entre eles. O outro caminho mostra uma estradinha de chão batido com pessoas conhecidas, mas não dizem nada, pois sabem que exigem a minha presença no caminho ao lado. A escolha fica ao meu critério mesmo sabendo que as pessoas da primeira estrada ficarão desapontadas comigo se eu fizer algo que não seja aquilo que elas imaginam e a da segunda estrada não falarão nada, mesmo querendo a minha passagem por ali, pois tentam me compreender. Nas escolhas há o dever e o prazer, fazer o trabalho da faculdade ou ficar de papo pro ar na internet, escutando música, falando bobagem e etc? Coisas assim, mas as vezes o dever é o engessamento das vontades e o prazer é a libertação de algum medo, seja ele inconsciente ou não. Portanto, não dá para dizer qual é a estrada certa antes de escolher uma. Nestes casos, eu chamo os representantes da sabedoria mundana e extraordinária para me aconselharem nestes trajetos. A Sacerdotisa diz: "siga a sua intuição", A Imperatriz complementa: "mas busque não entrar em conflito com ninguém, seja amoroso com aqueles que estão na outra estrada", O Imperador fala com tom de ordem: "faça o que é o mais certo aos teus princípios", O Hierofante fala em um tom sábio: "siga Deus e nada lhe acontecerá", O Mago dá uma dica: "caminhe de uma vez, e se vire com aquilo que tem" e O Louco me dá a certeza que tudo depende de mim e de mais ninguém, com um sorriso nos lábios ele mesmo passeia por todos caminhos existentes e inexistentes deste mundo e de outros. Na escolha de uma estrada há a rejeição de outra, e esta carregarei aonde? No lado obscuro da minha mente, pois toda rejeição, indiferente do que for, acaba pairando lá, as coisas que não aconteceram, os fatos que não foram consumados e etc. Isso também possue um local que acaba ficando estacionado. Quem sabe um dia não volta, mas vai voltar de que forma? Como uma linda moça sorridente ou como uma besta de filme de terror? Arcano 6, O Enamorado, carta de escolha e divisão, céu e terra, sexo e amor, dever e prazer, vício e virtude. Bem e mal? Só depois de escolher rapaz, tá achando que é fácil? E mesmo assim, normalmente vem um misto dos dois, mas qual que prevalece? Novamente a ceta do cupido aponta para mim e ele diz, depende de ti rapaz, são os teus olhos e não os meus, por mais que eu te influencie e te deixe cego na escolha, você é que vai experienciar os resultados. Ai Jesuis!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Que relação você tem com seu Deus interior?

Faz duas semanas, quase isso, descobri que ele estava acorrentado a uma pedra daquela colina verde e que observava o por do sol com uma certa melancolia. Quando eu cheguei ali, eu peguei a chave que estava perto dele e o libertei. Estava tão perto que eu não entedi por que ele não pegou a chave e se libertou. Os seus olhos eram como daqueles cachorros que estão pedindo um pouco de comida e nós humanos não conseguimos resistir. Ele me agradeceu e disse que agora poderia juntar as duas mãos e rezar. Eu quis entender que reza era essa, ele me disse que era a canção que surgia do coração. No momento em que comecei a trabalhar o arcano do Hierofante eu comecei a ler o livro "As Fenícias" para a faculdade,(antes de proseguir, quero dizer que esta carta teve um acréscimo de mais alguns dias para estudo e vejo que foram muito importantes), o que me chamou atenção nesta leitura foi o velho Tirésias, um velho cego que vive no Oráculo de Delfos e é o adivinho de Tebas, cidade em que ocorre a trama. Ele tem contato direto com o deus Apolo, logo, o velhinho é muito sabido e nada lhe escapa. Por causa dele é que muitas coisas são reveladas e muitas tragédias acontecem. A função dele é dizer o que está acontecendo e o que é preciso fazer para aquilo ser resolvido, em todas as vezes em que ele abriu a boca para dar as indormações que os reis e nobres necessitavam, aconteceram muitas desgraças e derramação de sangue. A carta do Hierofante é a representação de uma entidade materializada que faz o intermédio com o divino aqui na terra, o Tirésias tem essa função na tragédia que eu li. O velhinho mesmo sem ter nenhum contato visual com o material, ele sabia muito bem o que estava a acontecer, pois havia o contato com o divino.
Ele está dentro de mim com as duas mãos juntas rezando, de olhos fechados, agradecendo por poder juntar as mãos. Ele diz para mim: Saiba que existe muito mais do que você pensa, não há o que se perder, não é preciso se por acima de ninguém, quem achar que está elevado o suficiente para fazer algum ato errado no ponto de vista terreno, este alguém se considera Deus. Humildade acima de tudo, humildade para com todos, para aqueles que não estão do teu lado e para aqueles que te acompanham.

sexta-feira, agosto 22, 2008

The king of mountain


Essa semana eu deitei na minha cama de cuecão e camisa branca, esperando ansiosamente estar logo com minha querida novamente. A minha cama é um sofá-cama, e as vezes eu me canso de estar numa cama e a transformo em um sofá e outras vezes o inverso. Dessa vez eu me deitava no sofá, eu faço isso com o objetivo de não prolongar meu sono. Pena que isso não funciona muito bem, mas gosto de ver o quarto com mais espaço. Depois disso vieram uns soldados, pareciam que tinham saído de algum lugar que já ouvi falar, mas não sei onde é. Eles me pegaram pelos braços e foram me levando para algum local que trascendia meu armário, havia uma grande estrutura, parecia aquelas construções que eu imaginava nos livros de tragédias gregas. Eu sentia aquela sensação que tive com 14 anos quando eu li "Prometeu Acorrentado", "Édipo Rei" e outras histórias de sangue e lamúrias antes de cristo. Chego até um homem de barba, envolto em tecidos que deveriam ter sido buscados de navio em algum canto do mundo em troca de ouro e vida de alguns de seus súditos. Olhou para mim com um sorriso no rosto e me ofereceu uma bebida de raízes. Que bebida forte! Me deu um ataque de tosse, fiquei vermelho, me esquentou das cabeças aos pés. Ele bebia tranquilo e dava risada do meu comportamento. Largou o cálice e começou a falar:
- Tenho acompanhado o que tem feito, espero que tenha ficado protegido e seguro nessa semana, aqui no meu reino não tem algo que nos abale. Você precisa de discernimento e uma seta a seguir, sei que depois de hoje você vai ver outras coisas nessa caminhada, mas não se esqueça do que eu te digo, não perca o rumo das tuas metas! Outra coisa que quero te dizer também, sei que estás divulgando o que anda fazendo por aí, explique direito o que está a fazer no teu blog, até agora eu vi coisas alegóricas separadas e ninguém entende direito que você faz uma jornada de tarô e que cada semana é um arcano(carta) que você estuda. Explica que isso é uma caminhada de auto conhecimento e que você vivencia-nos no seu dia dia. Essa coisa de expor as coisas e pronto sem uma explicação racional e organizada é coisa da tua mãe.
Tive que interver nessa hora:
- Desculpa senhor, digo majestade, mas a que mãe se refere, você deve saber que eu tenho algumas por aí.
- A minha mulher.
Logo eu percebi que ele me considerava um filho, fiquei contente com isso, mas ao mesmo tempo eu via em seu semblante que ele não gostava de mostrar sentimento de afeto ou alguma coisa que lhe desse muita intimidade comigo e com qualquer um. Continuou a falar:
- Bem rapaz, era isso que eu queria falar contigo, sei também que estava achando que eu não era tão imponente quanto o Imperador do Tarot de Marselha né? Não se esqueça que eu estou lhe tratando muito bem e que na minha semana não aconteceu nada com você, espero que fique muito agradecido. O outro iria lhe causar uma bela de uma briga com a tua mulherzinha, eu sou mais justo e sei quando deve haver brigas ou não. Nessa semana você teve a oportunidade de por a sua vida nos trilhos e teve tempo para ficar bem a vontade, foi bem servido e nada lhe faltou, ficou seguro em tuas idéias e tudo correu bem. Pense nisso e avalie.
Depois dessa conversa ele debochou um pouco da minha roupa de dormir, dizendo que quando era mais novo dormia pelado e essa juventude sensível só podia ser culpa de sua mulher que fica influenciando com todas aquelas frescuras e vaidades inúteis. Pensei comigo "mas tu gosta que sua mulher se cuide né?". Sei que não tenho o físico de guerreiro e nunca vou lutar no seu exército, mas fico contente em pelo menos ser bem recebido em seu reino, foi o que queria ter lhe dito antes de ir embora, mas acho que ele sabe.

terça-feira, agosto 12, 2008

Fartura(mas que seca danada!)


Não pense em mim como o seu canguru, não vou te levar na barriga.
Já deu para nós, quero tudo em paz, não vou te pegar na saída.
A mulher do véu, a mãe do céu e as fases da lua.
São os meus heróis de Wonderland que acalmam as águas turvas da vida.

O meu pinóquio é um verdadeiro alquimista.
Cansei das nebulosas, eu vou pegar minha corneta.
As minhas asas já não são tão pequenas.
Pequena, pequena, a vida não se faz com gorjetas.

Zona Norte, Zona Sul, áreas desconhecidas.
Me revelam no sinal, entre o verde e o vermelho.
No meu espelho já se foi alguém que sabia de segredos.
A minha espiral volta com força total.

Cada semana é uma paulada da vida.
Os galos cantam as músicas dos pensamentos.
A minha mãe é melhor que qualquer sofá.
Os seus medos e o inverno de gelo

Compus essa canção na semana da carta da Imperatriz. É um pouco confuso de se entender este arquétipo a partir dessa composição. Ela é uma emoção mais racionalizada comparada a sacerdotisa, exterioriza a situação, resolve os problemas sem brigas com a passividade e amorosidade de uma mãe. É a representante feminina do tarô junto com sua irmã que se enrola nos panos e faz carinha de suspense. Representante da criatividade, arte, fertilidade e sabedoria pelo coração. Nesse post aconteceu algo interessante, soltei de maneira desordenada em formato de canção o que havia dentro de mim. Hoje, na semana posterior na qual vivencio a carta do Imperador consigo organizar este jardim musicado cheio de alegorias. Característica dessa mulher fértil e cheia de vida que se doa e abre as portas para os visitantes e adoradores de sua arte espontânea.

domingo, agosto 03, 2008

A garota do pântano

E de repente tudo escureceu, onde estou? Que caminho estava seguindo? Aonde eu queria chegar? Uma substância negra estava vazando do meu peito e uma criatura surgia entre a névoa. Uma mulher de panos que a cobriam por inteira. Ela nada dizia, mas me enchia de dúvidas sobre as minhas certezas e certezas sobre o que havia escondido em mim. Havia um lampião que clareava o meu peito e nele a substância negra gritava de pavor. Que vontade de chorar, todos os ranços de meros 23 anos de idade surgem gritando, tocando suas cornetas e fazendo suas tragédias. O silêncio novamente aparece, a lua em seu sorriso me faz lembrar que eu também sou uma alma noturna. Nas mãos daquela mulher há uma chave para algum segredo meu e ela sabe que aquele terreno é profundo e que muitos podem não voltar de lá. Os seus olhos lêem a alma de qualquer mortal, sabendo disso, eu lhe disse:
- Queira me desculpar, sei que muita coisa minha está posta no escuro. Você tem muito conhecimente e de ti não há nada que possa ser escondido, andei jogando algumas coisas minhas por aqui que não queria ver mais, mas vejo que você as guarda bem para me mostrares nos momentos necessários. Me dói o peito e peço que me ajudes na jornada que sigo, contigo eu vejo os meus vícios. Sempre será nescessário saber que a minha lúcidez pode estar por um fio e a única certeza que tenho é que é preciso amar para não morrer ainda vivo. Te amo e sei que me amas, ao seu modo que não vou entender, mas me ama.
Continuo esperando esta noite passar, estas arvores secas, este frio e a umidade me trazem medo, mas por saber que ela está comigo, mesmo em silêncio, consigo controlar-me. De certa forma ela também é minha mãe.

segunda-feira, julho 28, 2008

Vinte e poucos

O momento dos planos, do empreendedorismo, do agir, do querer ser grande. Antes disso eramos vistos como aquelas crianças de roupas diferentes e sem argumento concreto. E agora? Queremos ser iguais a grande massa? Não nescessariamente, é fácil ver que uma pessoa de vinte e poucos que mantém uma imagem do que foi é mais bem vista dentro do grupo social que procura vestir aquela ideologia. Estou falando bobagem? Com certeza! Mas continuamos o pensamento, observe que neste momento as pessoas tentam se mostrar mais ponderadas dentro dos seus conhecimentos, querendo apresentar mais vivencia e experiência no seu convívio social. É possível identificar que esta é a fase que muitos querem ser acadêmicos, descolados e diversas outras coisas. Precisam ostentar essa imagem de alguma maneira e precisam decidir de uma vez o que vão ser pelo resto de suas vidas. Eu digo que vão continuar sendo crianças que passam por algumas fases e que aos 40 voltam aos 15 anos novamente. Claro que o corpo não acompanha. Mas sempre há os seus truques, dos vinte e poucos até os 40, certo? A sociedade dos embustes. Isso me faz lembrar a carta que estou estudando esta semana, o mago, o cara dos truques. Ele utiliza do material que tem e faz acontecer, ele não está esperando chover do céu a solução e nem sai por aí sem rumo certo como o louco da semana anterior. O cara pensa e organiza, transforma as coisas com o que têm em mãos, se eu fosse fazer um baralho de tarô baseado na cultura pop de hj em dia eu botaria o MacGyver ou quem sabe o inspetor bugiganga. Claro que seria difícil de dizer qual contato com o divino que teria essas duas figuras, mas numa sociedade predominantemente cética até faria sentido o baralho estar sem tanta relação ao divino, falei bobagem? Com certeza! Mas seguindo adiante... a relação que faço com a juventude dos vinte e poucos é com o início de um amadurecimento que tentam apresentar e a busca prática e organizada daquilo que tem planejado. Os truques podem ser vistos com o fortalecimento do seus argumentos baseados em teorias diversas e conhecimentos fúteis que mantém a imagem do indivíduo e convencem os mais distraídos. O mago e a juventude dos vinte e poucos, truques e a busca de traçar um caminho com início, meio e fim.

terça-feira, julho 22, 2008

The fool


O Louco anda como a gente,
mas não olha para atrás e esquece a frente
O Louco de um sorriso demente
mira para o alto e pisa despreocupadamente
O Louco parou em minha frente
e ousa passear por minha mente
Ele acorda todos os medos inesperadamente
Não há regras que se firmem ou sustentem

Jogar-me sem luta é iconcebível
Mas sei que deste modo a loucura pode se tornar invencível

Procuro não me enforcar em penúrias
Seguir o meu instinto e abrir-me à luxúria

Façamos as regras
lhe permito a apresentação
e não julgo a peça
Assim lhe aproveito
e não solto as rédeas

quinta-feira, junho 26, 2008

Sementes do coração

E lá estava aquela trepadeira colada na parede invandindo todo o pátio, aquela casa antiga, aquele corredor amarelado, aquela fotografia e eu penso em você. Você é a pessoa certa do presente, você está no agora. Não está na fotografia , mas também não lança migalhas de pão para as pombas do futuro. Não se apague, eu tenho um lápis, será que já passou a minha vez? Eu fiquei anos sendo um observador, e as vezes minha mente se torna cruel comigo. As minhas asas estão atrofiadas e as pessoas ainda mantém a gaiola fechada. Será que consigo? Você acredita em mim? Vamos abrir nossas bocas e soltar uma cor rosa que me mantenha ligado a você, toque as minhas mãos e num dia bem frio me abrace forte. Tu não sabe o quanto preciso ser abraçado neste inverno, o outono foi embora, as folhas já caíram todas, sempre sobra uma que resiste, todo inverno é assim, me abrace forte por favor. O inverno me afasta do mundo, não são somente as dores físicas que doem mais em dias assim, as feridas emocionais me tiram a energia completamente. Ultimamente eu sinto o compromisso, eu sinto que se houver um compromisso tudo andará para frente, mas eu preciso durar até a primavera.

sábado, junho 07, 2008

Caçados no oceano

Aquelas gaivotas, perdidas na beira da praia, conchas e pegadas de alguém que já passou há muito tempo. O sol se põe e nasce a toda hora, em algum momento ele é dois. Me faça pensar na sua fantasia de fada, o tempo consome meu tempo e eu me sinto bem por isso. Obrigado Carolina, desliguei o interruptor e está tudo bem. Meu amor come pizza com seus amigos, sua energia faz as lampadas queimarem. Eu me arrependo daquele feijão com cebola na janta, quatro voltas de japa que faltam. Polígrafos de aula, metade dos amigos ausentes no msn, outros se perderam no mundo e uns se esqueceram de mim e deles mesmos. Minha família na cozinha e eu no computador. Enquanto alguns mortais estão se aproximando da luz os anjos se afundam na escuridão.

segunda-feira, maio 05, 2008

Papo

-Há alguma coisa para se dizer?
-Não...
-Que viagem!
-Que foi?
-Nada.
Continuam a caminhar, ele não consegue entender muita coisa. Ela entende tudo e flutua suave, ele afunda como uma pedra nos pensamentos e já não consegue ver um motivo para viver.
Um estalo!
-Suicídio não é legal, é por isso.
-Tu tá ligado naquele filme que passou ontem?
-Que filme?
-Aquele com o palhaço.
-Ah! O que é que tem ele?
-O Lucas disse que ele viu o filme mas não se lembra de nada.
-Ele dormiu?
-Não.
-Ele estava sóbrio?-deu um sorriso de canto.
-Não, ele viu mas não se lembra, estranho isso né?
-Aham, tu tem uns amigos meio estranhos.
-É.-ela afirma olhando de cima a baixo para ele.
-Agora tu se achou a normal né?
-Quê?
-Agora vai se fazer, tá se achando a lúcida entre os doidos.
-Do que você está falando?
-Ai meu deus, deixa para lá.
"Eu devo ser louco, deficiente mental ou ter uma lerdeza cerebral aguda", o pensamento que se encontrava na cabeça dele."Será que vai demorar muito? Já estou segurando desde de manhã e ainda tenho que escutar uns papos desconexos de um cara que insiste comigo." era o pensamento dela.
-Tu é muito estressado.
-Tá bom!-"o que mais?", pensou ele.
-Relaaaaxa, tu curte essa banda?-"esse cara está tão carregado que a nuvem que está em cima de sua cabeça poderia acabar com a seca no nordeste",passou o fone de ouvido para ele.
-É...legal...sabe, eu já escutei tanta banda que surgiu antes dessa que para mim isso não tem novidade alguma.-"ela deve me achar um chato, mas eu não pedi para nascer num ambiente cheio de pessoas onde eu tivesse que desenvolver a comunicação e a simpatia para sobreviver, nem eu me suporto.", devolveu os fones de ouvido.
-Que bandas tu curte?" vamos ver se fazendo ele falar sobre algo que lhe interessa ele não mude de humor", ela olhava para ele com brilho nos olhos e cara de interessada.
"Ela faz essas caras, e não quer nada comigo, maldita! Eu devo ser um cara imaturo e repugnante, todo cara normal e resolvido nem daria bola para isso, mas claro eu não consigo."
-Sons dos anos 60, 70 , 80, curto alguns sons alternativos dos anos 90 também!-"o mesmo papo de sempre"
"Ele parece estar mudando o humor vou pilhar para ele falar dele mesmo"
- E ae? Como é que está lá na tua casa?
"Essa guria gosta de futricar na minha vida! Ela e outros, e o pior é que não me dizem o porquê disso! Que agonia! Será pura fofoca? E eu não consigo ficar quieto, minha matraca solta tudo, estou a mercê da curiosidade alheia, que vontade de sumir..."
-Tá legal, a minha mãe trabalha o dia inteiro, eu fico sozinho em casa, eu curto isso, posso cozinhar para mim e etc.

segunda-feira, abril 21, 2008

Loucos de cara - Vitor Ramil

Vem anda comigo pelo planeta
Vamos sumir! vem nada nos prende ombro no ombro vamos sumir!
Não importa
Que deus jogue pesadas moedas do céu
Vire sacolas de lixo pelo caminho
Se na praça em moscou
Lênin caminha e procura por ti
Sob o luar do oriente
Fica na tua
Não importam vitórias
Grandes derrotas, bilhões de fuzis
Aço e perfume dos mísseis nos teus sapatos
Os chineses e os negros
Lotam navios e decoram canções
Fumam haxixe na esquina
Fica na tua
Vem anda comigo pelo planeta
Vamos sumir! vem nada nos prende ombro no ombro vamos sumir!
Não importa
Que Lennon arme no inferno a polícia civil
Mostre as orelhas de burro aos peruanos
Garibaldi delira
Puxa no campo um provável navio
Grita no mar farroupilha
Fica na tua
Não importa
Que os vikings queimem as fábricas do conesul
Virem barris de bebidas no rio da prata
M'boitatá nos espera
Na encruzilhada da noite sem luz
Com sua fome encantada
Fica na tua
Poetas loucos de cara
Soldados loucos de cara
Malditos loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Parceiros loucos de cara
Ciganos loucos de cara
Inquietos loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Vem anda comigo pelo planeta
Vamos sumir! vem nada nos prende ombro no ombro vamos sumir!
Se um dia qualquer
Tudo pulsar num imenso vazio
Coisas saindo do nada
Indo pro nada
Se mais nada existir
Mesmo o que sempre chamamos real
E isso pra ti for tão claro
Que nem percebas
Se um dia qualquer
Ter lucidez for o mesmo que andar
E não notares que andas
O tempo inteiro
É sinal que valeu!
Pega carona no carro que vem
Se ele é azul, não importa
Fica na tua
Videntes loucos de cara
Descrentes loucos de cara
Pirados loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Latinos, deuses, gênios, santos, podres
Ateus, imundos e limpos
Moleques loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Gigantes, tolos, monges, monstros, sábios
Bardos, anjos rudes, cheios do saco
Fantasmas loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Vem anda comigo pelo planeta
Vamos sumir! vem nada nos prende ombro no ombro vamos sumir!

Acho que a música já disse tudo. Não?

segunda-feira, abril 14, 2008

Divulgando!

Pessoal que lê este blog ou que só gosta de olhar as figuras, indico à vocês o blog Bhakti Yoga Online(está ali na lista de "blogs legais"), é um blog super interessante sobre os mestres espirituais vaishnavas. Têm pessoas que vão se perguntar "mas o que é isso?", aí é que tá, a pessoa que escreve o blog tem a possibilidade e a paciência de lhe explicar corretamente e lhe esclarecer as dúvidas caso não entender o que está sendo tratado. Portanto leiam, é uma coisa não muito comum para nós e que trata de um modo de vida diferente. Entrem e comentem!
Um abraço a todos e muito obrigado pela atenção!

segunda-feira, abril 07, 2008

Ela dança no tapete e o inverno é mais frio, fico velho de bengala todo o mês de abril.

Estamos no outono e no mês de abril. Quantas vezes vou falar sobre isso? O por do sol me toca profundamente, ele faz com que todas as coisas tenham um tom alaranjado. As pessoas esperam o ônibus na parada e aquele astro se despede de maneira majestosa. Os pássaros e as árvores transformam-se em nobres nesse reino de encanto e beleza. Nós, humanos, só podemos observar. Um líquido quente no corpo, um doce da confeitaria, uma conversa agradável, uma paixão adormecida e uma carta para o bom amigo. Uma tranquilidade surge e o acalmar progressivo antes do anoitecer(o inverno, a escuridão). A impressão que tenho é que nessa última semana que terei 22 anos irei aproveitar o lado bom dessa estação(ainda preciso pensar sobre o que seria o lado ruim dela). Tenho tanto medo do inverno, sempre saio dessa estação de dias curtos como se estivesse prestes a morrer. Dai-me forças outono, quero estar bem preparado esse ano.

sábado, março 29, 2008

Mais uma vez, sem saber o porquê.

Eu abri minha boca, falei o que pensava, saiu um rinoceronte inteiro e ficou parado ali no meio da sala. No início só houve o espanto e ninguém fez nada, mas ele começou a fazer barulhos e agitar as patas. Ela disse:
-Bixo burro! Tanta coisa para se falar do mundo e você me diz isso!?
Fiquei meio sem jeito.
-Pois é... Saiu, mas eu não leio seus pensamentos, não sei se é isso mesmo que você está dizendo.
Ah! Me esqueci de dizer que havia um vidro entre nós e não conseguíamos escutar um ao outro, mas o animal selvagem tinha contato com nós dois e seu humor estava alterando. Ele era branco, o rinoceronte, e queria que a gente agisse. Eu me pus a cantar uma música antiga e ela em seguida prestou-se a me acompanhar, será que cantávamos a mesma música? O imenso animal começou a murchar soltando fumaças coloridas do seu interior, eu falei sarcasticamente:
-Poderia ser mais infantil? Algo como o Mágico de Oz.
Entre a fumaça ela fazia uma careta tentando me entender e continuou a cantar. Eu não cantava mais, mas conseguia escutá-la. Depois dos efeitos especiais, só restava um lençol branco, ela estava cansada e me olhava pronta para sorrir. Não sei se foi eu ou ela quem disse:
-Então era isso né?
Preparado para a despedida.

quinta-feira, março 20, 2008

A encenação do berro contido

Eu não sei se estou forçando a barra, pondo a carreta na frente dos bois, mas pra mim já deu o que tinha que dar. Tchau São Sebastião do Caí! Eu falei tanto que ia sair e não saia nunca, criei uma expectativa. Eu estava dependendo de passar no teste de motorista e eu rodei nesse teste, a roda entrou em cima da calçada, não demorei três minutos dentro do carro e já saí. "Tenta de novo, faz mais uma vez, umas 10 aulas e tu está pronto". Tudo bem, eu vou fazer, mas não aqui, nada contra ninguém, mas essa promessa de sair do Caí logo após o término da carteira dura desde julho de 2007. No início eu tinha medo e preguiça de fazer as aulas práticas de trânsito, mas agora elas estavam tornando tudo mais complicado. Não comprei as passagens para o ônibus da faculdade, "vou mudar de cidade logo, não preciso me preocupar", estou gastando mais do que devia, não estou conseguindo juntar grana para sair pelas outras cidades e buscar emprego, e os polígrafos da facul não são baratos. Estou ficando na contramão das minhas metas. Tchau Caí. Para quem não sabe, essa história da carteira já está fechando um ano, apareceu muitos empecilhos postos por mim e pelo destino, mas agora a minha vontade vai prevalecer. Pode olhar feio quem ficar desgostoso em relação a minha atitude, mas há algo que grita e eu estou ficando louco.

segunda-feira, março 10, 2008

Um mal a menos

Eu fiquei pensando na violência transmitida na rádio guaíba, nos cachorros lá da esquina e nos resmungos do seu pai. A violência passeava por aí, tão sutil como uma irritação, um dizer baixinho pelas costas, até o murro que fez o meu nariz sangrar. Aquele amigo andava cruzado, de olho vermelho e lingua enrolada. Ele me dizia palavras, mas assunto faltava. O amigo queria o amor além da calcinha de renda, podia ser de algodão, tanto importava. Os nossos relógios estavam em tempos diferentes, eu quero amor e quero amar, serviço de primeira classe para quem é o top of the top. Do you understand me? O resto esta nas bordas das montanhas ou chegando lá, desvios e caminhos, atalhos ou obstáculos, pense grande e olhe o que está mais alto, somente na ponta.

sábado, março 01, 2008

Confidências

Os segredos não existem para serem guardados, eles servem para serem dividos num momento de afeto e carinho com pessoas que valem ouro. Todas as pessoas valem ouro, mas eu não consigo ver o brilho em todas. A minha vista foi falhando junto com o amadurecer, mas eu sei que está lá, então eu finjo. Quando eu era bem pequeno o meu avô tiinha um cavalo em sua chácara, havia porco, galinha, goiabera, abacateros, espantalho e a minha avó gordinha distribuindo doces. As pessoas que vinham me perguntar o nome do cavalo eu o dizia em seu ouvido: "Segredo".

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

"Está me bombardeaaaannnndo"

Desde muito novo eu soube que felicidade estava ao meu lado, mas até hoje eu não sei se é no lado direito ou esquerdo.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

O barco que atravessa o oceano


O meu coração te quer bem, a minha mente te quer bem, eu não te quero. Eu só te quero bem, mas não te quero. Seja o terreno, o carro, a mulher bonita, eu não quero, só quero bem. Eu vejo o seu sorriso e vejo o seu medo, eu quero bem o teu sorriso e ele se aproxima de mim. O teu medo eu esqueci. Eu não quero sistema de trocas peixe por elefante e metais redondos e dourados. Uma estrela olhou para mim e ela me leva. Eu vejo os pés mais lindos e ali pouso meus pensamentos.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Entresafra( e outros pensamentos que se interligam)

Eu havia conversado com um amigo meu que comentou sobre essa palavra, entresafra, entre uma colheita e outra. Depois disso desenvolvi o pensamento com a amiga da Juliana. Me veio muitos pensamentos, viajei bastante. Você está se preparando para a próxima colheita, para a próxima safra. Está esperando para ver o que acontece, isso não significa que está parado, as coisas vão acontecendo, mas quando chegar a hora fica fácil de perceber o que acontece, o coração dispara, é um resultado atrás do outro.
O msn é um programa legal, te possibilita a falar com outras pessoas e tudo o mais. Só que ficar preso a ele é chato. Eu estou desempregado, fico procurando sites de internet que possam me ajudar, converso com as pessoas para ver se sabem de alguma coisa. Nesse meio tempo vou conversando com aqueles que trabalham e estão no msn, talvez eu esteja incomodando-os. Imagina, um cara que aparentemente não está fazendo nada, e de vez em quando não está mesmo, de papo furado e sem rumo, falando sobre deus, coisas belas e feias ou com objetivos de pouca importancia. Pode se tornar um pé no saco, não é isso que quero me tornar.
Li agora a pouco o blog do "Antagonista", aqui no meu blog o leitor pode identificar como "O cara que gosta de criticar o mundo", estava falando sobre tecnologia e a indiferença que se cria a partir dessas ferramentas, o ser humano acaba se moldando a máquina. No final do texto ele comenta sobre umas maquininhas que imitam sentimentos humanos, será que que isso seria uma solução para resolver essa desumanização?
Hoje de manhã cedo estava dirigindo, aula prática de motorista, estava tão incorporado ao carro que quando sai dele fiquei com a sensação de alguém que recém saiu do cinema, um pouco perdido. Caminhava na rua, mas com um passo confuso, arrastando no chão. A sensação do motorista é boa. Eu fico imaginando no que fica acontecendo no meu cérebro enquanto isso ocorre, uma coisa totalmente nova que vai ativar áreas diferentes e alcançar maiores níveis de atenção quem sabe, será que ajuda a evitar o alzheimer? Até o fim da vida vou dirigir tudo que é coisa, hehehehe.
Eu penso muito sobre a associação que faço aos sábados, me reúno com pessoas que são devotas de Krishna e outras que não são e cantamos Bhajans, Mantras. Durante a semana procuro mandar um e-mail e outro para manter contato e procuro meditar, tenho muito que aprender sobre esse caminho. Sou um cara que muitas vezes tá na contramão daquilo que busca e acaba se perdendo nos objetivos. Nesse último sábado foi tratado sobre o Amor ao Supremo, um assunto muito importante. A minha mente as vezes vagava e perdia informações que valem ouro.
Estou mudando de cidade, to afim de arranjar um canto para mim. Quero um trampo, por enquanto fico como dependente, mas acho que já tá na hora de batalhar pela independencia financeira, talvez uma independencia parcial até me firmar direitinho. Só não quero sair e ter que voltar.
Vou acabar por aqui.

sábado, fevereiro 02, 2008

A antena de lampada fluorescente

Aqui na praia estamos sem globo, record, sbt, tv a cabo, bandeirantes, todas essas coisas que ajudam a passar o tempo e a nos deixar um pouquinho mais abobados. A maioria da casa, as mulheres, lutaram com todas as suas forças para conseguir um jeito para que esse problema fosse resolvido. A imobiliária chamou um barrigudo e ele fez o que esta posto no título. Desculpa pessoal, estou sem inspiração.

sábado, janeiro 19, 2008

Resquicios da adolescencia

Estava caminhando com um amigo meu, conversavamos sobre diversos assuntos, mas quando o papo era mulher a poesia entrava em campo, principalmente quando se tratava daquelas que nunca se quer tocamos os labios ou declaramos em voz alta o nosso sentimento. Da minha parte posso dizer que ja teria doutorado nisso se existisse um. Nao foi uma e muito menos duas em que passei por altos e baixos; musicas e poemas de minha autoria, e de outros também, e toda aquela crueldade feminina quando arranja um cara que "nao gosta". Elas gostam, pois é um massageador de ego de graça para suas vaidades e inseguranças infinitas, mas jamais vao confirmar isso. Eu tenho 22 anos, tenho muito o que viver, acho que nao preciso mais disso. Sempre é bom lembrar do passado e daquilo tudo que aconteceu quando era tudo mais intenso e rapido. Pensando bem, ainda continua sendo, mas com outra consciencia. Viver esta longe de ser platonico, e é isso que estou vivenciando neste momento. Esse amigo que estava comigo falou de seu platonismo, chegamos a conclusao que na adolescencia isso sempre acontece, mas continuar com isso é ter medo de ter um relacionamento de verdade e de viver. Para todas as gurias que idealizei fica um sonho esquecido, sem nenhuma gloria. A minha vida se distancia delas sem força alguma, é a simples ansia de se libertar desses medos que inventam uma desculpa para nao se machucar.
P.S.: Nao generalizo, falo de algumas experiencias, existem mulheres que sao totalmente diferentes disso.

domingo, janeiro 06, 2008

primeira pessoa do plural

[b]Diomar[/b] diz:
e aí rapaz...como estamos?
[b]Diomar[/b] diz:
rsrsrsrs
Wagner diz:
eu estou bem
Wagner diz:
tudo bom?
[b]Diomar[/b] diz:
claro
[b]Diomar[/b] diz:
e 2008...algum plano?
Wagner diz:
sim, ser astronauta
[b]Diomar[/b] diz:
gostei
[b]Diomar[/b] diz:
vai tentar entrar na NASA?
Wagner diz:
não, vou tentar carreira solo
[b]Diomar[/b] diz:
srsrsrsrsrsrsrsr........so não entra dentro de um satélite brasileiro....normalmente não termina bem
Wagner diz:
essa coisa de nacionalidade é besteira
Wagner diz:
foguete cachaça, destino: o mel da lua salgada
[b]Diomar[/b] diz:
sei...conta pra familia das pessoas q trabalhavam na produção do tal satélite
[b]Diomar[/b] diz:
xiiiiiiiiii............... termina em porre.......rsrsrsrsr
Wagner diz:
isso não termina
[b]Diomar[/b] diz:
então viverás embriagado
Wagner diz:
se eu fosse um foguete....
[b]Diomar[/b] diz:
realmente..a maioria dos foguetes sõa embriagados
Wagner diz:
é?
Wagner diz:
eu nunca conversei com um
[b]Diomar[/b] diz:
não sabe o q está perdendo
Wagner diz:
se eles são embriagados, eu só estou ganhando
[b]Diomar[/b] diz:
......apenas pelo fatos deles se embriagar não quer dizer absolutamente NADA....são pessoas legais
Wagner diz:
foguetes são pessoas...pensei que fossem objetos grandes, feito de aço e outros elementos do tipo
[b]Diomar[/b] diz:
é....vc tem muito q aprender pequeno gafanhoto....rsrsrsrsrsrs
Wagner diz:
eu sou burrinho
[b]Diomar[/b] diz:
todos somos
Wagner diz:
(lesma)
Wagner diz:
imagina se todos empacam de uma vez só e pedem comida
Wagner diz:
acaba a comida no planeta
[b]Diomar[/b] diz:
sim...pq não existe comida para todos..esse é o sistema
Wagner diz:
é?
Wagner diz:
tem tanto mentiroso por aí
[b]Diomar[/b] diz:
sim.. é o q + tem