domingo, janeiro 14, 2007

Plano Maior


Eu só consigo ver o seu sorriso brilhando no fim do túnel, são aqueles dentes que não tem preço, que iluminam a vida deste jovem rapaz. Berenice nem passa perto comparado ao que estou falando, está tudo anotado no caderninho, riscarei conforme o meu progresso. E de dente em dente, digo, aos poucos chegarei lá! Nas curvas deste caminho aparece velhinhas jogando baldes de mijo para fora de suas casas, é preciso estar atento!
E neste rumo de esperança, eu escuto um eco dentro do túnel, um eco dos primórdios, uma voz de longe que estava a milênios aprisionada naquele lugar. Ela diz "psiu" e vai embora, de vez em quando volta e faz "psiu" de novo e some. Eu paro, espero, penso e continuo. Um dia eu respondi "psiu" para este eco milenar e ele não fez nada, não respondeu com o seu "psiu" enigmático. No início pensei que este eco era livre e irregular, porém era tão previsível quanto algo que busca não se repetir. Dando continuidade ao mistério, ele seguiu. Foi decifrado paralelo com o meu caminho e assim espera ele um dia despertar a inquietude novamente. "Problema", "conflito", são palavras com as quais batizamos os fatos. é necessário?

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