terça-feira, agosto 12, 2008

Fartura(mas que seca danada!)


Não pense em mim como o seu canguru, não vou te levar na barriga.
Já deu para nós, quero tudo em paz, não vou te pegar na saída.
A mulher do véu, a mãe do céu e as fases da lua.
São os meus heróis de Wonderland que acalmam as águas turvas da vida.

O meu pinóquio é um verdadeiro alquimista.
Cansei das nebulosas, eu vou pegar minha corneta.
As minhas asas já não são tão pequenas.
Pequena, pequena, a vida não se faz com gorjetas.

Zona Norte, Zona Sul, áreas desconhecidas.
Me revelam no sinal, entre o verde e o vermelho.
No meu espelho já se foi alguém que sabia de segredos.
A minha espiral volta com força total.

Cada semana é uma paulada da vida.
Os galos cantam as músicas dos pensamentos.
A minha mãe é melhor que qualquer sofá.
Os seus medos e o inverno de gelo

Compus essa canção na semana da carta da Imperatriz. É um pouco confuso de se entender este arquétipo a partir dessa composição. Ela é uma emoção mais racionalizada comparada a sacerdotisa, exterioriza a situação, resolve os problemas sem brigas com a passividade e amorosidade de uma mãe. É a representante feminina do tarô junto com sua irmã que se enrola nos panos e faz carinha de suspense. Representante da criatividade, arte, fertilidade e sabedoria pelo coração. Nesse post aconteceu algo interessante, soltei de maneira desordenada em formato de canção o que havia dentro de mim. Hoje, na semana posterior na qual vivencio a carta do Imperador consigo organizar este jardim musicado cheio de alegorias. Característica dessa mulher fértil e cheia de vida que se doa e abre as portas para os visitantes e adoradores de sua arte espontânea.

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