sexta-feira, setembro 12, 2008

"O inferno não tem fúria igual a da mulher desprezada"




Enfim, cheguei em uma situação kármica que sempre apareceu nos meus vinte e três anos de vidinha, a bifurcação do caminho existencial. Olho para um lado e vejo aquela estradinha de chão batido, com casinhas pequenas de pessoas que me conhecem e abanam como se não houvesse dúvida alguma que logo estarei ali entre eles. O outro caminho mostra uma estradinha de chão batido com pessoas conhecidas, mas não dizem nada, pois sabem que exigem a minha presença no caminho ao lado. A escolha fica ao meu critério mesmo sabendo que as pessoas da primeira estrada ficarão desapontadas comigo se eu fizer algo que não seja aquilo que elas imaginam e a da segunda estrada não falarão nada, mesmo querendo a minha passagem por ali, pois tentam me compreender. Nas escolhas há o dever e o prazer, fazer o trabalho da faculdade ou ficar de papo pro ar na internet, escutando música, falando bobagem e etc? Coisas assim, mas as vezes o dever é o engessamento das vontades e o prazer é a libertação de algum medo, seja ele inconsciente ou não. Portanto, não dá para dizer qual é a estrada certa antes de escolher uma. Nestes casos, eu chamo os representantes da sabedoria mundana e extraordinária para me aconselharem nestes trajetos. A Sacerdotisa diz: "siga a sua intuição", A Imperatriz complementa: "mas busque não entrar em conflito com ninguém, seja amoroso com aqueles que estão na outra estrada", O Imperador fala com tom de ordem: "faça o que é o mais certo aos teus princípios", O Hierofante fala em um tom sábio: "siga Deus e nada lhe acontecerá", O Mago dá uma dica: "caminhe de uma vez, e se vire com aquilo que tem" e O Louco me dá a certeza que tudo depende de mim e de mais ninguém, com um sorriso nos lábios ele mesmo passeia por todos caminhos existentes e inexistentes deste mundo e de outros. Na escolha de uma estrada há a rejeição de outra, e esta carregarei aonde? No lado obscuro da minha mente, pois toda rejeição, indiferente do que for, acaba pairando lá, as coisas que não aconteceram, os fatos que não foram consumados e etc. Isso também possue um local que acaba ficando estacionado. Quem sabe um dia não volta, mas vai voltar de que forma? Como uma linda moça sorridente ou como uma besta de filme de terror? Arcano 6, O Enamorado, carta de escolha e divisão, céu e terra, sexo e amor, dever e prazer, vício e virtude. Bem e mal? Só depois de escolher rapaz, tá achando que é fácil? E mesmo assim, normalmente vem um misto dos dois, mas qual que prevalece? Novamente a ceta do cupido aponta para mim e ele diz, depende de ti rapaz, são os teus olhos e não os meus, por mais que eu te influencie e te deixe cego na escolha, você é que vai experienciar os resultados. Ai Jesuis!

3 comentários:

  1. Acho que esse texto é uma metafora para a familia e aqueles que por algum outro laço fazem parte da tua vida...
    Achei bem interessante tua reflexao, mas nao esquece que o caminho certinho, de fazer o que as pessoas esperam (como tu dizes), é de alguma maneira mais seguro. E o outro se der errado, quem vai segurar tua mao? As pessoas do primeiro caminho, o certinho, enfadonho e sem desafios?
    Acho que sempre vais te deparar com situacoes de impasse, de escolhas e so cabe a ti escolher... Mas nada é oito ou oitenta, os dois caminhos oferecem satisfacoes e também demandam sacrificios.
    Ouuuu eu entendi tudo errado e dai tu ignora o que eu disse hehehe

    Beijos

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  2. Rapá como dizia Victor Hugo:

    "Nada Neste Mundo É Tão Poderoso Como Uma Idéia Cuja Oportunidade Chegou"





    Vim agradecer e anunciar o fim


    Texto de hoje: o fiM...

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  3. Li este post e pecebi o quanto se encaixa com o que tinha me relatado antes. Gostei das referências que fez aos arcanos...maiores, não? Eles sempre nos dizem algo, e acho que protelo minha consulta com tarot pelo medo do que eles dirão hehehe A dúvida do porvir é uma benção.

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