segunda-feira, outubro 13, 2008

Recapitulando...


Tudo começou com um ser sem destino e nem origem que estava a caminhar por aí, conhecido por nós como O Louco que é o herói desta jornada. Em seu primeiro momento, ele percebeu que para começar esta jornada era preciso criar uma mesa com os materiais necessários para iniciar os planos, organizar a vida conforme com o que tinha em mãos, eis o momento do Mago. No trajeto seguinte este Mago se deu conta que além dos materiais que tinha em suas mãos ele podia utilizar de sua intuição e de poderes místicos vindo de forças ocultas. Percebeu também que havia uma mulher que possuía todo este conhecimento e que ela tinha acesso a tudo que estava obscuro, a Sacerdotisa. O herói segue a jornada e se depara com o florescer, o criar da vida, a natureza em seu esplendor, a beleza e a arte. A Imperatriz aparece com ar de matrona diz "vem cá que quero lhe dar um beijo meu filho!". Após ser beijado, mimado, ter visto a criação do seu mundo, percebeu que é preciso organizar essa natureza para poder sobreviver, pondo cada coisa em seu lugar e controlando suas emoções. O herói aprende com seu pai, O Imperador, que é preciso ter controle emocional, agir a partir de príncipios e manter a ordem de seu reino no mundo recém criado. Eis o herói agindo conforme o que o Imperador havia lhe dito, mas parece que havia algo mais. Alguma coisa que fosse além desse mundo, algo que explicasse aquilo que não tinha sido explicado até então. A partir desse questionamento surge o Sumo Sacerdote, este lhe diz: "Vamos conversar sobre o que está além do que você é ou pensa ser." Nas conversas com o Sumo Sacerdote ele aprendeu a respeitar tudo o que havia em seu mundo, pois descobriu que tudo o que estava ali era muito mais do que ele via, sentia ou intuia. Ele percebeu que existia algo muito maior que ele. Nesta descoberta ele se deparou com um momento de escolha, um caminho bifurcado apareceu em sua frente e ele estava Enamorado pelas duas trilhas que o chamavam. A sua mente perturbou-se, e por mais que houvesse uma indicação qualquer do caminho certo a seguir ele não conseguia ver. Porém sabia que era necessário seguir adiante e neste momento ele optou por um caminho e foi firme. O herói tomou as rédeas do Carro e partiu em toda velocidade pelo caminho escolhido, não tinha sido fácil, agora ele se sentia seguro, em cima daquele Carro ele assumia uma posição nobre e heróica. Passou alguns dias os cavalos começaram a cansar, a roda quebrou e o carro virou. Lá estava o homenzinho chorando "ó mundo injusto, o que fiz de errado? por que isso está acontecendo comigo?que culpa eu tenho?", o seu mundo mostrou-lhe uma Justiça, um ajustamento de contas com a vida, um equilíbrio natural que o próprio herói desconhecia. E o herói continuou a caminhar, e nessa caminhada ele começou a refletir sobre a sua pessoa, as suas atitudes; começou a escutar mais, observar mais o seu rítimo, a sua respiração e na beira de um lago ele se olhou e viu um velho sábio, um Eremita. Ele já possuia conhecimento, espiritualidade e segurança a partir do longo caminho que havia feito. Uma lamparina que carregava em sua mão iluminava o seu caminho. Esse momento de introspecção foi necessário para o nosso herói conseguir preceber que ele tem uma luz própria, mesmo que fosse uma lamparina, e que ele podia seguir sua jornada sozinho.

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